SITE COMPLETO!

Alexandre Dias 23.11.2012

Olá a todos!

É com grande prazer que informamos que agora todas as seções do site Ernesto Nazareth 150 Anos estão ativas, completando sua primeira versão. Ao longo dos próximos meses essas seções continuarão sendo atualizadas, e o site receberá pequenos ajustes, enriquecendo este acervo digital em homenagem a Ernesto Nazareth.
 
Vamos dar uma olhada no que o site oferece:
 
 
 
Cada uma das 211 composições de Nazareth está representada em uma página individual que contém sua respectiva partitura original para piano solo (baseada rigorosamente nas primeiras edições e nos manuscritos autógrafos), um texto explicativo sobre a peça, um botão para ouvir as gravações da música disponíveis na discografia, e uma compilação de vídeos no youtube.
 
Damos destaque especial para as mais de 60 adaptações para melodia + cifra feitas especialmente para o site por Paulo Aragão e Marcílio Lopes, que permitem um acesso mais fácil de grupos de choro a certas músicas que ainda permanecem relativamente desconhecidas, circunscritas ao domínio pianístico. 
 
Isto merecerá um post futuro, mas posso adiantar que corrigimos as datas de dezenas de obras, com base em uma extensa pesquisa feita nos jornais da Hemeroteca Digital Brasileira (Biblioteca Nacional), que contou com o trabalho inestimável de Daniel Ângelo. Com base em anúncios de casas de música pudemos concluir por exemplo que a quadrilha Julieta é de pelo menos 1900, e não de 1911, como se pensava. 
 
Em paralelo a isso, estamos fazendo uma pesquisa nos números de chapa das edições antigas das partituras do Nazareth, que também tem levado a alterações importantes na cronologia de sua obra. É o caso da polca Nazarethque se pensava ser de 1919, mas é de cerca de 1888! 
 
 
 
Um trabalho preciso produzido pelo biógrafo Luiz Antonio de Almeida, maior especialista na vida de Nazareth. Lá estão presentes de maneira sucinta as principais informações da biografia de Nazareth, algumas vindo a público pela priemeira vez, entremeadas pelas obras que compôs, ano a ano.
 
 
 
Trabalho em permanente atualização que tem como objetivo catalogar todas as gravações de músicas de Ernesto Nazareth realizadas em todo o mundo, desde os primórdios da indústria fonográfica. No momento da redação deste texto, estão catalogadas 2.634 gravações comerciais, com informações explicitando os intérpretes, instrumentos, data de lançamento e data de gravação, tipo de mídia, título do álbum, gravadora, número de referência, país de gravação e comentários.
 
Destas, cerca de 2.200 estão disponíveis para audição online na íntegra, permitindo pela primeira vez que qualquer pessoa no mundo mergulhe em uma aprofundada pesquisa nas tradições interpretativas da obra nazarethiana.
 
Cada coluna da tabela pode ser ordenada em ordem crescente ou descrescente clicando-se no respectivo cabeçalho. Uma coisa interessante de se fazer é ordenar as gravações por data, para se conhecer as primeiras gravações de sua obra feitas na história (ou as mais recentes). A busca avançada permite que se encontre qualquer gravação, para quem já sabe o que procura.
 
A Rádio Nazareth na home toca todas as gravações em ordem aleatória, que totalizam 126 horas, ou pouco mais de 5 dias de Nazareth nonstop!
 
 
 
Nesta seção estão catalogados todos os discos já lançados inteiramente dedicados ao Nazareth, desde os primeiros vinis 10'', no início da década de 1950 até os CDs e DVDs da atualidade. Apresentamos a capa de cada disco, e as informações completas de cada lançamento. Até o momento são 66 discos registrados cujo conteúdo é composto exclusivamente de suas músicas, o que evidencia a extensão do alcance da obra de Nazareth 
 
 
 
Temos  277 imagens online até o momento, contendo fotos e recortes vindos das coleções de José Ramos Tinhorão/IMS, Ernesto Nazareth/IMS, e Luiz Antonio de Almeida. A grande maioria destas imagens são raras e formam uma rica iconografia de Nazareth e seu tempo. As categorias permitem filtrar as imagens, exibindo por exemplo apenas fotos do próprio Nazareth, de sua família, de cinemas da época, de casas de música, e muito mais. Esta seção receberá mais fotos nos próximos meses. Para sua elaboração, a pesquisa de Daniel Ângelo nos acervos foi imprescindível, além da colaboração inestimável do biógrafo Luiz Antonio de Almeida, que tem realizado a difícil tarefa da identificar pessoas em diversas fotos e precisar várias das datas.
 
 
Uma extensa bibliografia que procura abranger todas as publicações existentes relacionadas a Ernesto Nazareth nos mais diversos tipos de mídia: livros, trabalhos acadêmicos, jornais e revistas, textos publicados online, encartes de discos, álbuns de partitura e mídia digital, que podem ser separados por categoria. Contamos até o momento com 295  registros, vários dos quais com links para se acessar o texto completo. Caso tenham algum registro a acrescentar ao catálogo, mandem-nos um e-mail!
 
 
 
Seção interativa para que cada um de vocês deixe um depoimento compartilhando como Nazareth influenciou sua vida, que tipo de memórias sua obra evoca, como conheceram suas músicas pela primeira vez, etc. Queremos montar uma grande compilação de testemunhos sobre Nazareth, para que sua importância possa ser conhecida também do ponto de vista pessoal dos ouvintes e admiradores. 
 
Além disso, o formulário permite que músicos compartilhem links no youtube contendo interpretações suas (mesmo que caseiras - esta é a ideia) de músicas do Nazareth.
 
Várias pessoas já deixaram seu depoimento, com memórias muito interessantes. Convidamos a todos a darem uma olhada, e também deixarem o seu.
 
 
 
Neste espaço temos publicado diversos textos sobre vários aspectos curiosos da vida do Nazareth. Chamo a atenção para a carta inédita que publicamos que constitui a primeira evidência de que Machado de Assis conheceu Ernesto Nazareth (e o ouviu tocar). Também destaco a trilogia "Querido por todos" (pastes 1, 2, 3), em que apresento uma listagem com todas as obras já dedicadas ao Nazareth tanto no meio erudito quanto popular, e a "hexalogia" do maxixe no exterior, que apresentou diversas informações inéditas sobre o maxixe Dengoso de Nazareth (partes 1, 2, 3, 4, 5, 6) e o sucesso que teve nos EUA e Paris na primeira metade do século, além de informações sobre o sucesso do gênero maxixe de forma geral no exterior. Mais textos estão por vir.
 
Gostaríamos de agradecer a todos que têm participado deixando comentários e sugestões, e também ajudando a divulgar o site. Ele é em última instância uma homenagem não só ao Nazareth, mas a todos os admiradores da música brasileira, em suas várias vertentes, passando principalmente pelo choro e o universo pianístico.
 
Abraços!

 

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COMENTÁRIOS

Luiz Antonio de Almeida - 15.12.2012

O Verdadeiro Local da Morte de Ernesto Nazareth

Na condição de biógrafo do compositor Ernesto Nazareth, há 37 anos, aproximadamente, tenho observado, vez por outra, pessoas ainda repetindo o erro de que o corpo dele teria sido encontrado na Represa dos Ciganos, local próximo à estrada que liga, em tempos recentes, os bairros de Jacarepaguá e Grajaú. Em 1978, mudei-me para Jacarepaguá, passando a residir a cinco minutos da Colônia Juliano Moreira. Naquele lugar, que frequentava assiduamente, ainda encontrei umas 10 pessoas que conheceram o ilustre artista e que foram por mim entrevistadas. Até o enfermeiro que cuidava do Nazareth, o Bento (que morava em Cascadura), eu entrevistei. Ninguém me disse, em momento algum, que Ernesto Nazareth morrera na Represa dos Ciganos, há oito quilômetros dali, mas, sim, na represa, sem nome, que fica aos fundos da Colônia, cerca de 500 metros. Conheci pessoas que, inclusive, beberam da água contaminada pelo corpo putrefato de Nazareth. Quando o compositor morreu, em alguns jornais da época, realmente, apareceu como local da morte do maestro, a Represa dos Ciganos. Mas isso foi um erro que até os dias de hoje, pelo visto, ainda insiste em causar prejuízos à verdade... Nos anos de 1960, o grande Jacob do Bandolim fez (assim como eu fiz duas vezes) o trajeto do pavilhão em que Nazareth estava internado até a represa aos fundos da Colônia. Jacob fez registro de tudo. E ninguém disse a ele, naquela época, que estava errado, que a represa era outra, a dos Ciganos... Mas, pelo visto, os depoimentos tomados por mim, os registro feitos pelo Jacob, o atestado de óbito dando local e causa mortis como “asfixia por submersão”, não valem nada. Afinal, “asfixia por submersão” aos pés de uma árvore deve ser algo muito comum... Contudo, o que poderia gerar melhores resultados do que repetir inverdades, sem duvida, seria alguém chegar a público e resolver, definitivamente, o maior de todos os mistérios, o que nem mesmo eu jamais desvendei: Ernesto Nazareth morreu vítima de um acidente ou pôs fim a própria vida? Isso sim seria de grande valor... Abraços...

Luis Carlos Martins Bahiense - 28.11.2012

Local da Morte de Ernesto Nazareth

Todos sabemos que Ernesto Nazareth estava, em seus últimos dias, internado na Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá. Outrossim, noticiou a imprensa da época, que seu corpo foi encontrado, sob uma cachoeira, na água, como se estivesse "tocando piano". Posso afirmar, baseando-me em depoimentos idôneos, de moradores antigos de Jacarepaguá, que, na verdade seu corpo foi localizado junto a uma árvore, próxima a Represa dos Ciganos, em local muito distante da Colônia, o que indica haver se deslocado por um período longo dentro do bairro. O funcionário que deparou com o corpo de "um doente", reconhecível pelo uniforme vestido pelos internos da Colônia, foi o Sr. Franklin Aguiar, falecido há anos, que imediatamente informou ao Administrador da Represa dos Ciganos, localizada junto a atual Av. Menezes Côrtes( Estrada Grajaú-Jacarepaguá ), para as providências legais cabíveis. Informo o fato, para que se complementem( ou sejam corrigidas ) as informações divulgadas na época, colocando-me ao dispor para maiores detalhes. Atenciosamente, Luis Carlos Martins Bahiense

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