O CANCIONEIRO DE ERNESTO NAZARETH

Alexandre Dias 25.02.2015

O cancioneiro de Ernesto Nazareth

Nuvem de palavras de 46 letras de músicas de Ernesto Nazareth (http://www.wordle.net/). Palavras maiores indicam maior ocorrência.

A música de Nazareth, desde sua criação, sempre foi considerada essencialmente instrumental, o que é natural para um compositor que escreveu quase que exclusivamente para o piano. Suas melodias são por vezes “traiçoeiras”, cobrindo grandes extensões, fazendo laços e grandes saltos, o que as torna pouco cantáveis.

Portanto talvez soe como uma surpresa a informação de que nada menos que 35 de suas músicas receberam letra, algumas do próprio Ernesto, e outras letradas até 6 vezes (totalizando 46 letras conhecidas).

No texto de hoje veremos todas estas letras, indicando quais são inéditas e quais tiveram maior sucesso, servindo como um catálogo para cantores interessados. As letras estão apresentadas ao longo do texto, e ao final, em um único arquivo pdf para facilitar o acesso. Todas as partituras originais podem ser baixadas gratuitamente na seção Obra, e as gravações conhecidas podem ser ouvidas na seção Discografia.

 

Odeon

A música mais famosa de Ernesto Nazareth hoje é o tango brasileiro Odeon (com 375 gravações, até 2015). Porém durante a vida do compositor, seu alcance foi bastante modesto, a julgar pelo número de gravações: apenas uma, feita pelo próprio autor em 1912. Seu maior sucesso em vida na verdade foi outro tango: Brejeiro (que recebeu 17 gravações até 1934, data da morte de Nazareth).

Um dos fatores que viraram o jogo para Odeon foi o pedido que a cantora Nara Leão fez a Vinícius de Moraes, para que criasse uma nova letra a esta música. A gravação ocorreu em 1968, mas seu grande sucesso só se deu dez ano depois, quando integrou a abertura da novela A Sucessora.  A partir daí, o número de gravações de Odeon cresceu exponencialmente, tanto instrumentais quanto cantadas (só em 2013 foi gravada 12 vezes, por exemplo).

Nara Leão e Vinícius de Moraes

Clique aqui para conhecer todas as gravações de Odeon, em ordem cronológica.

Outra letra de Odeon que teve menor alcance foi a composta por Hubaldo Maurício, possivelmente na década de 1940, e que foi gravada apenas uma vez, por Dircinha Costa, em 1963. Esta letra póstuma foi a base para que a editora Mangione registrasse os direitos do Odeon, gerando uma polêmica complexa, abordada neste texto investigativo da pesquisadora Daniella Thompson (em inglês).

Em 2003, tendo alcançado outros países, Odeon recebeu uma letra em francês de Georges Moustaki, que a gravou em CD.

Letra de Vinícius de Moraes

Letra de Hubaldo Maurício

Letra de Georges Moustaki

 

Bambino

Outra música que teve uma reviravolta após receber nova letra é o tango brasileiro Bambino.

Sua primeira letra foi composta pelo poeta Catullo da Paixão Cearense, que a renomeou para “Você não me dá” (um procedimento que utilizava para quase todas as músicas que letrava). Esta letra foi gravada por volta de 1910 por Mário Pinheiro, sendo sua última gravação em 1981 pelo cantor Zé Luiz Mazzioti. Bambino sempre esteve no repertório dos chorões e pianistas, mas a elaborada letra de Catullo teve pouca participação nisto.

A trajetória da música mudou por volta de 2001, quando recebeu uma nova letra de José Miguel Wisnik (que cobre apenas as duas primeiras partes, seguindo uma tendência moderna). Desde a primeira gravação realizada por Elza Soares (que depois apareceu nos créditos do filme Garrincha - Estrela Solitária em 2003 cantando-a integralmente), a música entrou para o repertório de diversas cantoras como Ná Ozzetti e Mônica Salmaso.

Letra de Catullo da Paixão Cearense, sob o título “Você não me dá”

Letra de José Miguel Wisnik

 

Apanhei-te cavaquinho

Outro caso interessante é o da polca Apanhei-te cavaquinho, cuja melodia de semicolcheias em quase moto perpetuo a tornariam um candidata improvável para ser cantada. Porém ela recebeu nada menos que 6 letras, perpassando quatro idiomas.

A história começou por volta de 1943 com a letra composta pelo pandeirista Darcy de Oliveira e o flautista Benedito Lacerda, que constituia uma espécie de trava-língua, e que parece ter sido feito sob medida para o virtuosismo da cantora Ademilde Fonseca, apelidada de Rainha do Choro. Esta gravação teve um grande sucesso, tornando-se um clássico do choro cantado (a gravação mais recente desta letra é da cantora japonesa Yoshimi Katayama).

Provavelmente ainda na década de 1940, uma nova letra foi escrita por um certo Baldomán (ao que tudo indica, pseudônimo do mesmo Hubaldo Maurício que letrou Odeon), que retrata a rivalidade entre o cavaquinho e os outros instrumentos numa roda de choro. Curiosamente, esta letra nunca foi gravada no Brasil, mas sim duas vezes na Itália

Porém o grande sucesso, e que possivelmente tornou Apanhei-te cavaquinho a música mais famosa de Nazareth fora do Brasil, deu-se em 1948, quando Walt Disney a incluiu no curta Blame it on the samba, com letra em inglês cantada pelas Dinning Sisters. O desenho animado conta com a participação da organista americana Ethel Smith (que fizera sua própria gravação da música seis anos antes), interagindo com Pato Donald, Zé Carioca e o hiperativo Aracuã. O belo arranjo para trio vocal feminino recebeu versões dubladas em português (A culpa é do samba), espanhol (Échale la culpa a la samba) e francês (C'est la faute de la samba).

Cartaz de divulgação do curta animado "Blame it on the samba" (A culpa é do samba).

Como um desdobramento deste sucesso, no ano seguinte (1949) Apanhei-te cavaquinho recebeu uma letra original em francês de Jacques Plante, gravada uma única vez, pela cantora Rose Mania.

Em 1969, Nara Leão, que no ano anterior já havia gravado o Odeon com letra de Vinícius de Moraes, criou sua própria letra para a música, gravando-a em LP.

E, por fim, em 2001 o cantor Paulinho Garcia gravou sua nova letra para a música, em andamento lento e tom saudosista, tornando Apanhei-te cavaquinho uma das músicas mais letradas da música brasileira, com seis diferentes versões.

Letra de Darcy de Oliveira e Benedito Lacerda

Letra de Baldomán

Letra de autor desconhecido, cantada pelas Dinning Sisters no desenho animado A culpa é do samba (Blame it on the samba) (Disney, 1948)

Letra de Jacques Plante, em francês

Letra de Nara Leão

Letra de Paulinho Garcia

 

Brejeiro

Brejeiro foi a música de maior sucesso durante a vida de Nazareth, e isto é devido em grande parte à letra que Catullo da Paixão Cearense, amigo de Ernesto, criou por volta de 1903, reintitulando-a para “O sertanejo enamorado”.

Em uma entrevista que Ernesto Nazareth deu à Folha da Noite em 8 de setembro de 1924, o sucesso desta letra é mencionado:

"- Mas qual é a sua composição predilecta?

- Ah!... Isso é que não póde ter resposta definitiva, assim á queima-roupa... Gosto de algumas... Lembra-se do "Brejeiro"?

- Como não?

Ai, ladrãozinho! Dos teus labios de coral. (Tem dó!)

Dá-me um beijinho! Não te póde fazer mal. (Um só!)

- Todo o Brasil canta isso - concluiu elle num sorriso."

Catullo da Paixão Cearense

A letra foi gravada por alguns cantores no início do século, como Mário Pinheiro e Caramuru, sofrendo pequenas modificações a cada interpretação, como acontece com canções fixadas no inconsciente coletivo. A última gravação desta letra, até o momento, se deu na década de 1960, na voz de Vicente Celestino.

Existe uma segunda versão da letra de Catullo, publicada em 1943 pela Livraria Império, no livro “Modinhas - Catullo da Paixão Cearense”, que só teve sua primeira gravação em 2011 pela cantora Luiza Sawaya.

Por volta de 1910, confirmando sua popularidade, Brejeiro foi parodiado em uma canção chamada “Ai rica prima” gravada por Campos, com versos de autoria desconhecida.

Na década de 1950, Brejeiro recebeu uma nova letra de José Maugeri Neto e Antônio Maugeri Sobrinho, gravada por Miris de Oliveira em 1955, e, já na era do CD, pelos Trovadores Urbanos.

E, por fim, em 2014 a cantora Andra Valladares fez sua própria letra para a música, ainda inédita em gravação.

Confira abaixo as 5 letras de Brejeiro:

Letra de Catullo da Paixão Cearense, sob o título “O sertanejo enamorado” (1ª versão)

Letra de Catullo da Paixão Cearense, sob o título “O sertanejo enamorado” (2ª versão)

Letra de autor desconhecido (transcrita a partir da gravação do cantor Campos realizada por volta de 1910, sob o título “Ai rica prima”)

Letra de José Maugeri Neto e Antônio Maugeri Sobrinho

Letra de Andra Valladares

 

Favorito

Outra música que desfrutou de grande sucesso durante a vida de Nazareth foi o tango brasileiro Favorito. Porém, diferentemente de Brejeiro, Favorito recebeu três letras que provavelmente não tiveram o aval do compositor.

Em 1896, Moreira Sampaio, autor de diversos teatros de revista, utilizou o Favorito como parte de seu teatro de revista “O Rio Nu”, que foi encenado no Theatro Recreio Dramático. A música integrava o número “Tango do Sacco do Alferes e Cidade Nova", e recebeu duas gravações alguns anos depois pelo popular cantor Bahiano, em dueto com cantoras diferentes, sem menção ao nome de Nazareth nos selos.

Diversas gravações se sucederam (tanto instrumentais como cantadas), e logo apareceu uma segunda letra, de autoria anônima, gravada pelo cantor Mário Pinheiro por volta de 1909, que não foi regravada.

E pouco depois, por volta de 1915, o famoso palhaço e cantor Eduardo das Neves gravou uma nova versão da música, desta vez com o título “Amor avacalhado”, novamente sem menção ao nome do autor ou ao título original no selo. Esta letra (que pode ser do próprio Eduardo das Neves) seria gravada quase 15 anos depois pelo rei da voz Francisco Alves, com pequenas alterações.

Eduardo das Neves e Bahiano

 

Letra de Moreira Sampaio (utilizada no teatro de revista O Rio Nu, em 1896, no número “Tango do Sacco do Alferes e Cidade Nova")

Letra de autoria desconhecida (gravada por Mário Pinheiro)

Letra de autoria desconhecida (talvez de Eduardo das Neves) (gravada por Eduardo das Neves e Francisco Alves)

 

Nenê

Outra música que recebeu letra de Catullo da Paixão Cearense foi o tango brasileiro Nenê, reintitulado para “Sertaneja”. No entanto, esta letra não obteve sucesso na época de Nazareth e Catullo, levando-se em consideração que só teve sua primeira gravação em 1957, por Paulo Tapajós. A cantora Alaíde Costa ajudou especialmente a divulgar esta letra, gravando-a duas vezes com o pianista João Carlos Assis Brasil em 1995 e 2013.

Letra de Catullo da Paixão Cearense, sob o título “Sertaneja”

 

Escorregando

Uma peça que consiste em um verdadeiro desafio para ser letrada (e cantada) é o tango brasileiro Escorregando. A solução engenhosa encontrada pelo poeta Hermínio Bello de Carvalho pode ser ouvida na gravação (até o momento única) que Carol Saboya fez com seu pai, Antonio Adolfo, em 1998.

Hermínio Bello de Carvalho

Letra de Hermínio Bello de Carvalho

 

Dengoso

O maxixe “Dengoso” foi um dos maiores fenômenos da música brasileira no exterior durante a primeira metade do século XX (para saber mais, clique aqui). Foram dezenas de gravações europeias e americanas, e é natural que eventualmente surgisse uma letra vinda de fora. Em 1953, os Ames Brothers gravaram Dengoso sob o título “Boogie Woogie Maxixe”, com letra de Gallop, Rodin e Crosby (o nome de Nazareth foi omitido).

Capa da edição americana do maxixe Dengoso

Letra de Gallop, Rodin e Crosby, sob o título de “Boogie Woogie Maxixe”

 

Letras do próprio Nazareth

Um aspecto ainda pouco conhecido de Nazareth é seu lado letrista. Um total de sete músicas (podendo chegar a nove) receberam letra do próprio compositor, sendo todas elas, sem exceção, referentes ao carnaval.

São peças compostas durante os 15 últimos anos de vida de Nazareth, e que buscavam explorar um nicho ainda novo para ele, embora o carnaval já existisse de maneira indireta em diversas peças suas, principalmente através de dedicatórias a ranchos e grêmios carnavalescos. No entanto, uma boa parte destas músicas permaneceu inédita em manuscritos, e as que foram publicadas na época não obtiveram êxito, nem chegaram a ser cantadas ou gravadas no contexto de carnaval.

Todas estas letras (com exceção de Beija-flor, que foi gravada por duas cantoras estrangeiras a partir da década de 1990) permanecem inéditas em gravação e merecem ser resgatadas.

 

Beija-flor (tango brasileiro) - Letra de Ernesto Nazareth

Crises em penca!... - 1ª letra de Ernesto Nazareth (sob o pseudônimo de Toneser)

Crises em penca!... - 2ª letra de Ernesto Nazareth (sob o pseudônimo de Toneser)

Exuberante - 1ª letra de Ernesto Nazareth

Exuberante - 2ª letra de Ernesto Nazareth

Fora dos eixos – Autor desconhecido (provavelmente Ernesto Nazareth)

Mariazinha sentada na pedra – Letra de Ernesto Nazareth

Suculento (sob o título de “O vermutin”) - Letra de Neptuno (possivelmente pseudônimo de Ernesto Nazareth)

Tudo sobe!... – Letra de Ernesto Nazareth

 

Hinos escolares

Na década de 1920, Nazareth passou a compor alguns hinos escolares por influência direta de sua filha Eulina, que foi professora e depois diretora da Escola Pedro II (hoje Escola José de Alencar). Todos permanecem inéditos até 2015.

Canção cívica Rio de Janeiro (Hino Escolar à Escola Pereira Passos) - Letra de Leôncio Corrêa

Fraternidade - Letra de Felix Pacheco

Hino da cultura de afeto às nações (Salve, salve! As nações reunidas!) - Letra de Maria Mercêdes Mendes Teixeira

Hino da escola Floriano Peixoto - Letra de Maria Mercêdes Mendes Teixeira

Hino da escola Pedro II - Letra de Maria Mercêdes Mendes Teixeira

 

Outras letras

As canções a seguir receberam letra durante a vida de Nazareth, por diversos autores, e cada uma só foi gravada uma vez até 2015. “A florista” e “Feitiço não mata” são cançonetas que só receberam sua primeira gravação 2011 pela cantora Luiza Sawaya. Nazareth tocava “A florista” com sua filha Marietta em saraus familiares, que seguia a mise-en-scène descrita na partitura: "Vestuário a caráter – cestinha cheia de flores naturais ao braço – entra dançando e sai jogando flores aos ouvintes". “Êxtase” e "Cuiubinha" foram gravadas pelos maiores cantores da década de 1920: Vicente Celestino e Francisco Alves, respectivamente.

 

Vicente Celestino e Francisco Alves

A Florista - Letra de Francisco Telles

Cuiubinha (sob o título “A voz do amor”) - Letra de Marina Stella Quirino dos Santos 

Êxtase - Letra de Frederico Mariath

Feitiço não mata - Letra de Ary Kerner [Veiga de Castro]

 

E as seguintes músicas também receberam letra durante a vida de Nazareth, porém permanecem inéditas em sua versão cantada até 2015. “Vitória” foi composta em comemoração ao término da 1ª Guerra Mundial, com dedicatória “aos aliados”. A “Marcha heroica aos 18 do forte”, também em contexto militar, foi uma homenagem à bravura dos 18 soldados, sargentos e oficiais remanscentes no episódio conhecido como Revolta dos Dezoito do Forte de Copacabana.

Marcha heroica aos 18 do forte - Letra de Maria Mercêdes Mendes Teixeira

Marcha heroica aos 18 do forte - Letra de autor desconhecido (possivelmente Ernesto Nazareth)

Vitória - Letra de José Moniz de Aragão

 

De Tarde, subtitulada “música dramática”, foi uma tentativa não terminada de musicar um soneto do poeta Augusto de Lima; Saudade dos pagos, uma canção com letra da professora gaúcha Maria Mercêdes Mendes Teixeira, fazendo alusão a sua terra natal; e Rosa Maria uma canção dedicada à filha de um casal amigo de Nazareth, com letra provavelmente escrita pela mãe da criança.

De Tarde - Versos de Augusto de Lima

Rosa Maria - Letra de autoria desconhecida

Saudade dos pagos - Letra de Maria Mercêdes Mendes Teixeira

 

Letras desaparecidas

Atualmente cinco letras estão desaparecidas. Para todas elas temos a música completa, presente nos manuscritos autógrafos, porém as respectivas letras não foram encontradas.

Saudação ao Dr. Carneiro Leão – Letra desaparecida de Maria Mercêdes Mendes

Hino ao Sr. Prefeito Alaor Prata (Saudação ao Sr. Prefeito Alaor Prata) - Letra desaparecida de Maria Mercêdes Mendes

Hino da escola Esther Pedreira de Mello - Letra desaparecida de Zuleida Godinho Recife

No Jardim - Letra desaparecida de Zuleida Godinho Recife

Hino da escola Bernardo de Vasconcellos – Letra desaparecida de autoria desconhecida (possivelmente Maria Mercêdes Mendes Teixeira)

 

Clique aqui para baixar o pdf com todas as letras.

 

Tabela listando as 51 músicas de Ernesto Nazareth que receberam letra (sendo cinco letras desaparecidas). Os respectivos letristas são indicados, bem como eventuais títulos alternativos. 

Título Letrista Título alternativo Obs.
A florista Francisco Telles    
Apanhei-te, cavaquinho Autor desconhecido ("Blame it on the samba")    
Apanhei-te, cavaquinho Baldomán    
Apanhei-te, cavaquinho Darci de Oliveira e Benedito Lacerda    
Apanhei-te, cavaquinho Jacques Plante    
Apanhei-te, cavaquinho Nara Leão    
Apanhei-te, cavaquinho Paulinho Garcia    
Bambino José Miguel Wisnik    
Bambino Catullo da Paixão Cearense Você não me dá  
Beija-flor (tango brasileiro) Ernesto Nazareth    
Brejeiro Andra Valladares    
Brejeiro José Maugeri Neto e Antônio Maugeri Sobrinho    
Brejeiro Autor desconhecido Ai rica prima  
Brejeiro Catullo da Paixão Cearense (1ª versão) O sertanejo enamorado  
Brejeiro Catullo da Paixão Cearense (2ª versão) O sertanejo enamorado  
Canção cívica Rio de Janeiro (Hino Escolar (à Escola Pereira Passos)) Leôncio Corrêa    
Crises em penca!... Ernesto Nazareth (pseudônimo "Toneser") (1ª letra)    
Crises em penca!... Ernesto Nazareth (pseudônimo "Toneser") (2ª letra)    
Cuiubinha Marina Stella Quirino dos Santos A voz do amor  
De tarde Augusto de Lima    
Dengoso Autor desconhecido Boogie Woogie Maxixe  
Escorregando Hermínio Bello de Carvalho    
Êxtase Frederico Mariath    
Exuberante Ernesto Nazareth (1ª letra)    
Exuberante Ernesto Nazareth (2ª letra)    
Favorito Autor desconhecido (grav. Eduardo das Neves)    
Favorito Autor desconhecido (grav. Mário Pinheiro)    
Favorito Moreira Sampaio   Utilizada no teatro de revista O Rio Nu, em 1896)
Feitiço não mata Ary Kerner [Veiga de Castro]    
Fora dos eixos Ernesto Nazareth (talvez)    
Fraternidade Felix Pacheco    
Hino ao Sr. Prefeito Alaor Prata Maria Mercêdes Mendes Teixeira   Letra desaparecida
Hino da cultura de afeto às nações (Salve, salve! As nações reunidas!,) Maria Mercêdes Mendes Teixeira    
Hino da escola Bernardo de Vasconcellos, Autor desconhecido (talvez Maria Mercêdes Mendes Teixeira)   Letra desaparecida
Hino da escola Esther Pedreira de Mello Zuleida Godinho Recife   Letra desaparecida
Hino da escola Floriano Peixoto Maria Mercêdes Mendes Teixeira    
Hino da escola Pedro II Maria Mercêdes Mendes Teixeira    
Marcha heroica aos 18 do forte Ernesto Nazareth (talvez)    
Marcha heroica aos 18 do forte Maria Mercêdes Mendes Teixeira    
Mariazinha sentada na pedra!... Ernesto Nazareth    
Nenê Catullo da Paixão Cearense Sertaneja  
No jardim Zuleida Godinho Recife   Letra desaparecida
Odeon Autor desconhecido (em francês, gravada por Georges Moustaki)    
Odeon Hubaldo Maurício    
Odeon Vinícius de Moraes    
Rosa Maria Autor desconhecido    
Saudação ao Dr. Carneiro Leão Maria Mercêdes Mendes Teixeira   Letra desaparecida
Saudade dos pagos Maria Mercêdes Mendes Teixeira    
Suculento Neptuno (talvez pseudônimo de Ernesto Nazareth) O Vermutin  
Tudo sobe!… Ernesto Nazareth    
Vitória José Moniz de Aragão    

Algumas das letras expostas ao longo deste post foram cantadas por Neti Szpilman, acompanhada da pianista Yuka Shimizu, no programa Música e Músicos do Brasil (Rádio MEC FM), produzido por Lauro Gomes em 2009. Clique aqui para ouvir.

Por fim, além de estimular cantores a incluírem em seu repertório e gravarem estas músicas, gostaríamos de sugerir que compositores atuais criem novas letras para as músicas de Nazareth, ajudando a popularizá-las cada vez mais.

TAGS Obras

COMENTÁRIOS

Laura Macedo - 26.02.2015

Mais um Gol de Placa

Querido amigo Alexandre, Que belíssimo trabalho! Tenho acompanhado/divulgado seus trabalhos na área musical. Além da música nas veias você tem entusiasmo, garra e persistência nos seus objetivos. Isso é fundamental na tarefa de pesquisar/garimpar com vistas os objetivos traçados e, o que é de suma importância, divulgar/socializar/compartilhar com todos os resultados alcançados. Grande abraço. Laura Macedo.

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