MATUTO

COMPOSIÇÃO

1917 (Circa)

1ª PUBLICAÇÃO

1917

Matuto, tango brasileiro publicado em 1917 por A. Napoleão & Cia. (Sampaio, Araújo & Cia) dedicado “ao amigo sincero Arnaldo Costa”. O biógrafo Luiz Antonio de Almeida afirma que Nazareth procurou homenagear o compositor Marcello Tupynambá através do título, pois este possui uma peça homônima, que constitui um de seus maiores sucessos. Tupynambá, que fora reconhecido também por Darius Milhaud, aparentemente também recebeu outra homenagem similar de Nazareth: o tango Tupynambá, publicado em 1916.

Matuto foi gravado pela primeira vez em 1950 por Pixinguinha e Benedito Lacerda, como parte da antológica série de 34 gravações que os dois fizeram juntos, sendo ao mesmo tempo a única peça de Nazareth que os dois gravaram. Estas gravações são consideradas, por sinal, uma referência universal para o estudo de contrapontos no choro. Desde então, recebeu outras 21 gravações, até 2012.

Marcada pela indicação molto jocoso (que mistura a tradição de se escrever em italiano nas partituras, porém com um adjetivo de nossa língua), a famosa primeira parte possui a melodia construída sobre uma pequena célula que é repetida com pequenas variações, como ocorre em muitas obras do Nazareth.