COMPOSIÇÃO
1885 (Estimado)
1ª PUBLICAÇÃO
1968
Primorosa, valsa composta por volta de 1885, e publicada postumamente em 1968. Foi dedicada à "Dona Maria Emilia Meirelles", cunhada do compositor. Segundo o biógrafo Luiz Antonio de Almeida, Ernesto foi apaixonado por Maria Emilia, "porém, não tendo sido correspondido pela jovem senhora, de aproximadamente 35 anos, foi, o nosso artista, procurar consolo no primeiro ombro amigo (...) que viu pela frente: o de Theodora Amália, (...) que não sendo boba nem nada, temendo a solteirice eminente, pois já contava com 34 anos, aproveitou-se da situação para 'fisgar' o belo rapaz". Nazareth também dedicou a ela a valsa Recordações do passado. No manuscrito de ambas as peças a dedicatória não apresenta o termo "cunhada", o que nos leva a acreditar que foi composta antes de 1886, data em que se casou com Theodora Amália.
É curioso notar que houve três casamentos entre Nazareths e as irmãs Meirelles: o primeiro entre Vasco Lourenço da Silva Nazareth Júnior (irmão de Ernesto) e Guilhermina Adelaide Leal de Meirelles (1885); o segundo entre Ernesto e Thedora Amália (1886); e o terceiro entre Joanna Leonísia de Meirelles Leal e Vasco Lourenço da Silva Nazareth (pai de Ernesto), ambos viúvos (1896) (informações cedidas pelo biógrafo Luiz Antonio de Almeida).
De acordo com um rascunho manuscrito da coleção de Luiz Antonio de Almeida, seu primeiro título foi Albíngia, referência a um produto da farmácia Almeida Cardoso & Cia.: "Albíngia - Pó dentifrício, clareia os dentes. Uso moderado”.
O manuscrito autógrafo de Primorosa apresenta uma introdução, que não consta na edição de 1968. É interessante notar que foi gravada em 1928, pela Orquestra Rio Artists, mesmo sem ter sido publicada na época. Até 2012 recebeu cinco gravações.