Ernesto Nazareth - Vida e Obra - por Luiz Antonio de Almeida
JULIETTA (1911)
JULIETTA (1911)
Já em relação a segunda, impressa pelo mesmo estabelecimento, Julietta (Ch. nº 4543), outra quadrilha, não nos apresenta sequer dedicatória; sendo oportuno observarmos, ainda, que tal gênero, àquela época, já estava fora de moda nos salões da Capital Federal. Seu prestígio, entretanto, continuaria se mantendo por muitos anos, nas cidades do interior.
Assíduo freqüentador da Casa Mozart, Aloysio de Alencar Pinto relatou-me certo episódio envolvendo o nosso biografado e Lino José Barbosa, o proprietário:
Quem me contou isso foi o próprio Lino. Um dia, ele chegou na loja e encontrou o Nazareth cabisbaixo, triste. E perguntou-lhe o que estava acontecendo. Ele, então, respondeu:
“ - Minhas músicas quase não têm tido saída, quase ninguém tem comprado as minhas músicas!...”
Ao que o Lino respondeu: Mas Nazareth, a culpa é sua!... Facilita, Nazareth, facilita!... Por que você não escreve músicas mais fáceis?... Em tons mais acessíveis... Para que tantos bemóis, tantos sustenidos?... Facilita, Nazareth, facilita!...
Aloysio de Alencar Pinto
ALENCAR PINTO, Aloysio de. Entrevista concedida ao autor. RJ;