Ernesto Nazareth - Vida e Obra - por Luiz Antonio de Almeida
UM BILHETE SIMPÁTICO (1932)
UM BILHETE SIMPÁTICO (1932)
E de um desses passeios, retornou o músico trazendo consigo um bilhete com os simpáticos dizeres:
Imensamente satisfeito por tornar a vel-o gordo, alegre e bem disposto, associo-me com os mais sinceros votos, a justa consagração que o Snr. obteve nos meios artisticos sulinos, o que aliaz não é mais que a realidade de um dever que ingratos, alguns invejosos, tentam fazer esquecer.
COLEÇÃO LUIZ ANTONIO DE ALMEIDA. Rio de Janeiro;
Pela baixa qualidade do papel em que estas palavras se acham escritas, mais a inexistência de uma assinatura, podemos concluir que o autor desse bilhete deve ter, primeiramente, tentado se expressar verbalmente; mas, por causa do problema de audição do veterano artista, acabou apelando para o lápis e o primeiro papel que encontrou. E como Nazareth sabia quem era a pessoa porque, obviamente, a estava vendo, não se fez necessário assiná-lo.