Ernesto Nazareth - Vida e Obra - por Luiz Antonio de Almeida
IVNA MENDES DE MORAES DUVIVIER
IVNA MENDES DE MORAES DUVIVIER
Por sua vez, outra aluna da Escola D. Pedro II, prima de Lílian, a respeitada escultora, de saudosa memória, Ivna Mendes de Morais (Duvivier, depois de casada), acrescenta:
Eu estava no terceiro ano primário. Eulina era nossa diretora. Era extraordinária. Sua metodologia era muito moderna para a época. Foi ela quem implantou a música nas escolas públicas. E, pode-se dizer, com a orientação do pai. Todos nós, alunos, todos os dias, antes de entrarmos nas salas de aula, cantávamos alguma coisa. E ele nos acompanhava.
Lembro-me de uma festa, todos nós de branco. Era uma homenagem à memória do Imperador Pedro II. Acho que foi em 1925, data do centenário do nascimento dele (D. Pedro). Estavam presentes a Família Imperial, não mais exilada, e embaixadores de vários países. Os príncipes D. Pedro Gastão e D. João eram meninos, estavam vestidos de marinheirinho... Cada país era representado por um aluno segurando a respectiva bandeira, e quando era anunciado, Nazareth tocava o hino daquele país. Me lembro que faltou a bandeira de um país e Nazareth não tocou o hino. Estava presente o embaixador do tal país que depois foi reclamar com ela (Eulina). Nazareth terminou a solenidade tocando o “Apanhei-te, cavaquinho!...”
Ivna Duvivier
DUVIVIER, Ívna. Entrevista concedida ao autor, por telefone. Rio de Janeiro, 21 de agosto de 1990;