Ernesto Nazareth - Vida e Obra - por Luiz Antonio de Almeida
CHOPIN NA FORMAÇÃO DE ERNESTO NAZARETH
CHOPIN NA FORMAÇÃO DE ERNESTO NAZARETH
Carolina Augusta sempre fez questão de que os filhos ouvissem o melhor do repertório romântico. Por isso, constantemente interpretava Beethoven (1770/1827), Chopin (1810/1849), Gottschalk e Arthur Napoleão. Mas, de todos, foi pelo polonês que Ernesto despertou sua maior predileção. Ela também dedilhava as músicas ligeiras do momento, as quais o menino, não se contentando apenas em ouvi-las acabava, muitas vezes, dançando-as com uma coreografia tão desengonçada que provocava na pianista as mais gostosas gargalhadas.
Sua mania era Chopin e, realmente, examinando bem a obra de Nazareth, todos os processos pianísticos dele são chopinianos, dentro daquilo que é a personalidade de Nazareth. É como eu digo: ninguém é inteiramente original, todos têm colaboração de um e outro, e dentro disso vai retomando a sua personalidade.
Francisco Mignone
MIGNONE, Francisco (Paulo). “Coleção Depoimentos”. Fundação Museu da Imagem e do Som. Rio de Janeiro, março de 1991. Gravação realizada em 15 de outubro de 1968;
(...) muitos admiradores do nosso artista, aprioristicamente, afirmam ver Chopin, Chopin e Chopin em tudo que sai da pena de Ernesto Nazareth. A impressão que fica é que esses admiradores nem conhecem bem Nazareth... Nem Chopin.
Jaime C. Diniz
DINIZ, Jaime C. Nazareth - Estudos analíticos. DECA - Departamento de Extensão Cultural e Artística. Recife, 1963;
No final dessa biografia, conforme anunciei no prefácio, encontra-se uma relação das obras do repertório clássico de Ernesto Nazareth, feita a partir das partituras encontradas em seu arquivo. Entretanto, nessa mesma relação, curiosamente, inexiste qualquer obra de Wolfgang Amadeus Mozart (1756/1791).