Ernesto Nazareth - Vida e Obra - por Luiz Antonio de Almeida
GOTTAS DE OURO (1916)
GOTTAS DE OURO (1916)
Ao chegarem em casa, após o enterro do filho, Vasco Lourenço e “Joanninha” constataram que o relógio da sala havia parado (por falta de corda) exatamente à hora da morte de Fernando!... Isso os deixou ainda mais consternados. E, durante muito tempo, não tiveram coragem de fazê-lo funcionar novamente. Seu pêndulo, dourado, tinha o formato de uma gota. E aproveitando-se desse fato nosso biografado compôs e dedicou à Joanna, “sua querida madrasta e cunhada”, a valsa Gotas de ouro (Ch. nº V.M. & C. 1657), primeiramente editada pela Casa Vieira Machado & Cia.
Para mim, essas “gotas de ouro” também poderiam fazer alusão às lágrimas de uma mãe derramadas por seu filho morto...