Ernesto Nazareth - Vida e Obra - por Luiz Antonio de Almeida
A ÚLTIMA MORADA (1934)
A ÚLTIMA MORADA (1934)
Tratado por “Ernestinho”, o sepultamento do corpo de Ernesto Nazareth realizou-se no dia 5 de fevereiro, segunda-feira, às 17 horas, no Cemitério de São Francisco Xavier, bairro do Caju.
A princípio, o enterro sairia por 711$000 (setecentos e onze mil-réis). Porém, com a necessidade de se fazer a exumação dos restos mortais de Theodora Amália, a aquisição de uma caixa de zinco para guardá-los e outras despesas menores, a quantia foi elevada a 964$000 (novecentos e sessenta e quatro mil-réis).
Exaurida, após quatro dias de angústia e sofrimento, a família Nazareth optou por um velório relâmpago. Ou seja: o tempo suficiente para uma breve oração e nada mais. E como encontramos um único e tímido anúncio na imprensa, juntando-se a isso o fato de a cidade estar em pleno carnaval, certamente pouquíssimas pessoas compareceram à “despedida” do grande artista.
Communicados - Ernesto Nazareth - Eulina de Nazareth, Diniz Nazareth, Ernesto Nazareth Filho e senhora, Vasco Lourenço da Silva Nazareth, Guilhermina de Meirelles Nazareth e filhas, Luiz Leal e familia, Emerenciana Meirelles e mais parentes communicam a todas as pessoas amigas o fallecimento de seu bonissimo e para sempre pranteado pae, filho, cunhado, tio e primo Ernesto Nazareth, saindo o feretro ás 16 horas, hoje, 5 do corrente, do Instituto Medico-Legal (praça Marechal Ancora) para o cemiterio de S. Francisco Xavier.
NOITE (A). Rio de Janeiro, 5 de fevereiro de 1934;