Ernesto Nazareth - Vida e Obra - por Luiz Antonio de Almeida
A VALSA
A VALSA
Quanto ao gênero “valsa”, trata-se de uma dança surgida na Alemanha e na Áustria, em fins do século XVIII, aqui desembarcando, possivelmente, com a Família Real portuguesa, em 1808. Tempos depois, com a enorme popularidade alcançada, teve até o aprendizado de seus passos incluído no currículo de alguns colégios.
A origem da “valsa brasileira” ainda não foi estabelecida de modo certo e definitivo. Nas valsas de Ernesto Nazareth, e mesmo nos tangos desse popularíssimo autor brasileiro, a influência, a maneira de cadenciar, a linha melódica e a essência denunciam a proveniência “chopiniana”.
Liddy Chiaffarelli
CHIAFFARELLI (Mignone), Liddy (Elisa Hedwig Carolina Mankel). A Parte do Anjo; autocrítica de um cinqüentenário. Estudo, crítica e biografia. E. S. Mangione Editor. São Paulo, 1947;
Nazareth considerava a valsa como seu gênero nobre. (...) Todas contém achados curiosos, surpreendentes modulações e uma inquietação agógica cheia de interesse. (...) Eram as valsas que Nazareth preferencialmente executava quando tinha de se defrontar com ouvintes cuja celebridade o intimidasse.
Andrade Muricy
CADERNOS BRASILEIROS. Ernesto Nazareth (1863/1963). (José Cândido de) Andrade Muricy. Ano V - nº 3. Rio de Janeiro, maio / junho de 1963;
Através dos conjuntos de choro, tornou-se gênero seresteiro, mas também brilhava nos salões, em composições pianísticas que chegariam a elevado nível artístico com Ernesto Nazareth. Continuou, daí em diante, a influenciar muitos compositores, (...) sobretudo Francisco Mignone, cognominado por Manuel Bandeira “o rei da valsa”.
Dicionário de Música Zahar
DICIONÁRIO DE MÚSICA ZAHAR. Editoria de Luiz Paulo Horta - Zahar Editores. Rio de Janeiro, 1985;