Ernesto Nazareth - Vida e Obra - por Luiz Antonio de Almeida
FORA DOS EIXOS
FORA DOS EIXOS
Por volta desse mesmo ano de 1922, Ernesto ainda viu impresso o “tango carnavalesco para piano” Fora dos eixos, muito apropriadamente dedicado “á Minha Terra” e sem identificação de editora e autoria da letra. Fez parte do “repertorio da cançonetista brazileira Arminda Santos”, uma simpática gordinha, ilustre e desconhecida.
FORA DOS EIXOS - LETRA
I Parte (para finalizar, também)
Tudo fora dos eixos
Remédio não há
Tudo fora dos eixos
Remédio não há
Menina faceira
Te dou um conselho
P’ra não te pintares
Se não de vermelho
Tudo fora dos eixos
Remédio não há
Tudo fora dos eixos
Remédio não há
Parece mentira
O que dizem d’ela
Morena, morena
Tens cor de canela
II Parte
E teus cabelos
Ai minha loura
Que te cortaram
Com uma tesoura
Eram tão lindos
E enroladinhos
Quais fios d’ouro, meu bem
E tão aneladinhos
Mas a tal moda
Que aqui pegou!...
Veio de rijo
Não se acabou
Agora é tarde
Não há mais nada
Tua trancinha, ai, ai
Já está cortada