Ernesto Nazareth - Vida e Obra - por Luiz Antonio de Almeida
A SEGUNDA QUEDA (1873)
A SEGUNDA QUEDA (1873)
Neste ano, ainda, viu-se Ernesto Nazareth envolto em mais um episódio relacionado com queda e que, assim como o primeiro (quando caiu do colo da ama-de-leite), também poderia tê-lo matado.
Mesmo sendo uma criança tranqüila, voltada aos afazeres escolares e ao universo das notas musicais, que se descerrava, então, à sua frente, o pequeno “artista” jamais se recusava a acompanhar o irmão e os amiguinhos da vizinhança nas travessuras. E foi exatamente de uma dessas peraltices que se originaram os sérios incômodos auditivos que levaram o nosso biografado, com o passar dos anos, à quase completa surdez. Ele despencou de uma árvore, sofrendo forte concussão na cabeça, seguida de hemorragia oriunda dos ouvidos, principalmente o direito.
Lembra-se, contudo, o artista, que aos 10 anos de idade, mais ou menos, sofreu uma queda, em uma traquinada infantil. Os seus ouvidos sangraram muito. E como nunca se tratou bem, julgam os médicos que Nazareth sofre, hoje em dia, as conseqüências da ruptura de algum vaso que se tivesse verificado naquela época.
Francisco Acquarone
VÓZ DO VIOLÃO (A). Ernesto Nazareth. Francisco Acquarone. Anno I - nº 2. Rio de Janeiro, março de 1931;
VÓZ DO VIOLÃO (A). Ernesto Nazareth. Francisco Acquarone. Anno I - nº 3. Rio de Janeiro, abril de 1931.