Ernesto Nazareth - Vida e Obra - por Luiz Antonio de Almeida
THEODORA AMÁLIA
THEODORA AMÁLIA
Então residente à Rua São Januário, nº 4, “telephone” nº 4019, Theodora Amália era onze anos mais velha que o esposo. Pacata, metódica, previsível e sistemática, “Dorica” teve participação importante, mas discreta, na vida do sensível e sonhador artista, principalmente como ponto de apoio, harmonia e segurança. Faltava-lhe, contudo, alguma ambição, pois jamais passou (assim como o esposo) de uma “mosca morta” quando o assunto era dinheiro. Excelente companheira, mãe e dona-de-casa, infelizmente nunca demonstrou (ou jamais lhe fora permitido demonstrar) interesse pelo lado profissional do marido, desperdiçando, assim, as oportunidades de uma existência menos sofrida sob o ponto de vista financeiro.
Quando constituiu familia, Nazareth era já um profissional do piano. A sua execução se aprimorava de anno para anno; e as suas composições traziam cada vez mais o cunho pessoal de sua inspiração. A sua fama já era enorme. Entrou a leccionar. Em pouco viu-se cercado de numero não pequeno de alumnos.
Francisco Acquarone
VÓZ DO VIOLÃO (A). Ernesto Nazareth. Francisco Acquarone. Anno I - nº 2. Rio de Janeiro, março de 1931;
VÓZ DO VIOLÃO (A). Ernesto Nazareth. Francisco Acquarone. Anno I - nº 3. Rio de Janeiro, abril de 1931.