Ernesto Nazareth - Vida e Obra - por Luiz Antonio de Almeida
ÀQUELES TEMPOS...
ÀQUELES TEMPOS...
Quando Ernesto Nazareth nasceu, o Brasil vivia o período denominado Segundo Reinado, sendo o dirigente da nação o Imperador Pedro II (1825/1891). A cidade do Rio de Janeiro era a Capital do Império, Município Neutro ou, simplesmente, a Corte. A população do país girava em torno de sete milhões de habitantes, contando um milhão e meio de escravos. Na Corte, viviam, aproximadamente, duzentas mil pessoas sendo a metade de cativos.
Adquiriu, o país, no mundo das finanças, um crédito do qual dizer-se pode que é de primeira ordem! Seus títulos vivem em alta. (...) Cumprir com os compromissos contraídos é dever, mas não é tudo. É necessário que o Estado saiba bem empregar sua fortuna e, no momento de consultar suas necessidades, deve preocupar-se melhor com as de maior utilidade. Nesse ponto de vista, o orçamento do Brasil é combinado com uma sagacidade que faz honra ao governo que o prepara e as Câmaras que o discutem e o votam.
Charles Reybeaud
EDMUNDO (de Melo Pimenta da Costa), Luiz. Recordações do Rio Antigo. Livraria e Editora Conquista. Rio de Janeiro, 1956 (2ª Edição-popular);
Era época de grande prosperidade. O comércio com o exterior, de 1850 a 1864, triplicou. Instalaram-se sessenta e duas indústrias, fundaram-se vinte companhias de navegação (passando a ser mais freqüente a comunicação com a Europa), vinte e três de seguros, quatro de colonização, oito de mineração, três de transporte urbano e duas de gás, oito ferrovias, algumas estradas de rodagem (com capital brasileiro), quatorze bancos, três caixas econômicas, etc. A exportação principal era o café, alcançando, em 1860, a casa dos seis milhões de libras esterlinas. Mas, todo esse “milagre econômico” praticamente entraria em colapso com o advento da “Guerra do Paraguai” (1864/1870).