Ernesto Nazareth - Vida e Obra - por Luiz Antonio de Almeida
MORRE “VASQUINHO” (1902)
MORRE “VASQUINHO” (1902)
Sete dias antes de completar quarenta anos, ou seja, em uma segunda-feira, 7 de julho, faleceu Vasco Lourenço da Silva Nazareth Júnior, em sua casa, à Rua Esperança (atual Rua General Padilha), número desconhecido, esquina com Rua Justino de Souza, São Christóvão; sendo o pai, “seu” Vasco, quem tratou de todos os papéis do enterro. Deixou viúva e quatro filhos.
O único bem de papai foi o equipamento de seu consultório, logo vendido por mamãe, sem dar boa soma. Lembro-me, ainda, de um dos conselhos que ele sempre dava aos seus clientes, que era o de não se poder tirar mais de um dente em uma mesma consulta pois, conforme estivesse o organismo da pessoa, o dentista poderia até causar a sua morte!...
Julita Nazareth Siston
NAZARETH SISTON, Julita. Entrevista concedida ao autor. Rio de Janeiro, s/d;
Certa feita, Ludovina Augusta da Cunha Almeida, ao visitar “Vasquinho”, que nas últimas semanas de vida era obrigado a dormir sentado, para facilitar a respiração, ouviu do moribundo o malicioso convite:
“ - Vamos, tia Vevelha?...”
Ela, então, procurando ser mais irônica que o sobrinho respondeu:
“ - Vai tu, meu filho!...”