Ernesto Nazareth - Vida e Obra - por Luiz Antonio de Almeida
MARCHA FÚNEBRE (1927)
MARCHA FÚNEBRE (1927)
Vítima de um ataque cardíaco, morreu, aos 24 de abril, o presidente (como então se designava o governador) de São Paulo: Carlos de Campos.
Ernesto havia se tornado amigo de Campos, que também era músico, quando de sua temporada por aquele Estado. E para reverenciá-lo, dedicou-lhe, a 30 de abril, portanto seis dias depois do infausto acontecimento, uma Marcha Fúnebre, da qual encontram-se duas dedicatórias: a do manuscrito original, “á memoria do inolvidavel e querido Presidente (...)”, e a do editor J. Carvalho & Cia., “á memória do pranteado e estimadíssimo Sr. Presidente do Estado de S.Paulo, Dr. Carlos de Campos.”
Quanto à posição contrária desse político em relação ao movimento eclodido em 5 de julho de 1924, na Capital paulista, o que lhe rendeu grande antipatia popular, mais o gênero escolhido por nosso compositor para homenagear o falecido (“marcha-fúnebre”), colaboraram sobremaneira para o insucesso comercial de tal obra.