Ernesto Nazareth - Vida e Obra - por Luiz Antonio de Almeida
ARROJADO (1921)
ARROJADO (1921)
Quanto ao “tango” Arrojado (Ch. nº 8343), esse veio à luz como “samba”, na mais patética tentativa de despertar um interesse maior à sua comercialização. Foi dedicado ao “Grupo do Pinho”, que talvez se tratasse de algum conjunto de violonistas.
Quando Ernesto Nazareth recusava aceitar indicações as quais não achava de acordo com o tom elevado de suas obras, vinham os eternos oportunistas, e comerciantes da música, tentar convencê-lo de que era preciso capitular... Mas, o que se viu foi uma resistência fora do comum, embora com sacrifícios de toda a sorte. Cumpria, assim, um preceito artístico universal: “fidelidade aos princípios da ética e da dignidade pessoal”.
Baptista Siqueira
SIQUEIRA, (João) Baptista. Ernesto Nazareth na Música Brasileira; ensaio histórico-científico. Gráfica Editora Aurora Ltda. Rio de Janeiro, 1967;
Acredito, no entanto, que o nosso artista tivesse, no caso do Arrojado, conhecimento da tal “armação”; mas, por alguma razão, pelo menos essa vez, ele acabou cedendo aos editores...