Capítulos

A SEGUNDA APRESENTAÇÃO DE ERNESTO NAZARETH (1880)

MORRE CALLADO (1880)

GENTES! O IMPOSTO PEGOU? (1880)

GRACIETTA (1880)

MORRE MARIA CAROLINA (1881)

NÃO CAIO N’OUTRA!!! (1881)

O PRIMEIRO GRANDE SUCESSO

ASSOCIAÇÃO CENTRAL EMANCIPADORA (1881)

ERNESTO NAZARETH - O MAIS “NOVO”

OS MÉTODOS

EUROPA - UM SONHO IMPOSSÍVEL

CHARLES LUCIÈN LAMBERT

A SÉTIMA MORADA (1882)

O NOME D’ELLA (1882)

FONTE DO SUSPIRO (1882)

ERNESTO NAZARETH - 20 ANOS (1883)

MORRE VIRIATO (1883)

OS CLUBES DE SOCIEDADE

CLUBE DO ENGENHO VELHO (1883)

CLUBE NÃO-IDENTIFICADO (1883)

CONGRESSO BRAZILEIRO (1883)

PRIMEIRO REGISTRO ENTRE AS FAMÍLIAS NAZARETH E MEIRELLES (1883)

OS TEUS OLHOS CAPTIVAM (1883)

CLUB DO ENGENHO VELHO (1884)

CLUBE DE SÃO CRISTÓVÃO (1884)

CLUBE NÃO-IDENTIFICADO (1884)

CLUBE NÃO-IDENTIFICADO (1884)

CONGRESSO BRAZILEIRO (1884)

BEIJA-FLOR - 9ª COMPOSIÇÃO EDITADA (1884)

NÃO ME FUJAS ASSIM - 10ª COMPOSIÇÃO EDITADA (1884)

“A BAIXADA É LINDA”

A OITAVA MORADA (1885)

“VASQUINHO” - DENTISTA

“VASQUINHO” & “NHANHÔ (1885)

A QUARTA FOTOGRAFIA (1885)

CLUBE DO RIO COMPRIDO (1885)

MARIA EMÍLIA

PRIMOROSA E RECORDAÇÕES DO PASSADO

CLUBE DO ENGENHO VELHO (1885)

CLUBE DO ENGENHO VELHO (1885)

CLUBE RIACHUELENSE DO ENGENHO NOVO (1885)

CLUBE DE SÃO CRISTÓVÃO (1885)

NAZARETH “TOCA” PARA SHERLOCK HOLMES

A NONA MORADA (1886)

ERNESTO & THEODORA AMÁLIA (1886)

THEODORA AMÁLIA

NAIR CARVALHO

O DR. MEIRELLES E SUAS FILHAS

“A SOLTEIRONA”

A DÉCIMA MORADA (1886)

CLUBE ROSSINI (1886)

NASCE EULINA (1887)

EULINA É BATIZADA (1887)

NASCE GILBERTO (1887)

A FLÔR DE MEUS SONHOS (1887)

FREDERICO MALLIO

O “FIM” DA ESCRAVIDÃO (1888)

A BELLA MELUSINA (1888)

FRANCISCA GONZAGA

A FONTE DO LAMBARY (1888)

NASCE DINIZ (1888)

NAZARETH (1888)

RUA MAJOR FONSECA (1889)

NASCE MARIA (1889)

EULINA (1889)

MÁRIO & ALICE (1889)

DINIZ É BATIZADO (1889)

ATREVIDINHA (1889)

NASCE MORTO JOÃO BAPTISTA (1889)

CHILE-BRAZIL (1889)

UM DIA AGITADO!... (1889)

A BELA “NENÊ”

AS PRIMEIRAS GRAVAÇÕES DE VOZES NO BRASIL (1889)

SALVE A REPÚBLICA?...

THESOURO NACIONAL (1889)

NASCE ALBA (1890)

NASCE MORTA MARIETTA (1890)

NASCE “ALICINHA” (1891)

NASCE ZILLAH (1891)

FRED FIGNER (1891)

NASCE MARIA DE LOURDES (1892)

NASCE ARACY (1892)

THEODORA AMÁLIA - 40 ANOS (1892)

RAYON D’OR (1892)

MORRE ALBA (1893)

ERNESTO NAZARETH - 30 ANOS (1893)

“MARIETTA” É BATIZADA (1893)

RECITAL EM PETRÓPOLIS (1893)

LUIZ LÉVY (1893)

JULITA (1893)

CUYUBINHA (1893)

BREJEIRO (1893)

A VENDA DE MÚSICAS

NASCE CINIRA

A FEBRE REUMÁTICA

NASCE “MARIOZINHO” (1894)

BREJEIRO É REEDITADO (1894)

UM GUARDA-CHUVA MUITO ESPECIAL

CATULLO DA PAIXÃO CEARENSE

BREJEIRO RECEBE LETRA DE CATULLO

O SERTANEJO ENAMORADO - LETRA

CAPISTRANO DE ABREU E CATULLO

NAZARETH E AS CASAS DE MÚSICA

MARIETTA (1894)

DINIZ É CONSIDERADO DOENTE

NASCE MARINA (1895)

NASCE JULITA (1895)

JULITA É BATIZADA (1895)

CAÇADORA (1895)

FAVORITO (1895)

JULIETA (1895)

NENÊ (1895)

SERTANEJA - LETRA

NENE E HELENA (1895)

ALBERTO NEPOMUCENO (1895)

MYOSOTIS (1895)

CRÊ E ESPERA (1895)

RAMIRINHO (1895)

SEGREDO (1895)

HELENA (1895)

MORREM OS SOGROS DE NAZARETH (1896)

NASCE “ERNESTINHO” (1896)

“ERNESTINHO” É BATIZADO (1896)

VASCO LOURENÇO & JOANNA LEONÍSIA (1896)

PIPOCA (1896)

REMANDO (1896)

NASCE IBERÊ (1896)

ERNESTO & THEODORA AMÁLIA - 10 ANOS (1896)

AURÉLIO CAVALCANTI

OS “CHOPES BERRANTES”

HESPAÑOLITA (1896)

O COLÉGIO DE “JOANNINHA”

UM MATE BEM GOSTOSO

NASCE MOACYR (1897)

E O CINEMATÓGRAFO CHEGOU!... (1897)

FEITIÇO (1897)

CHILE-BRAZIL (1897)

ORMINDA (1897)

UM PROFESSOR SEVERO

DUAS EMPREGADAS

NASCE FERNANDO (1898)

ESTÁ CHUMBADO (1898)

GENTIL (1898)

A “SCHOTTISCH”

SALÃO NOBRE DA INTENDÊNCIA DA GUERRA (1898)

FURINGA (1898)

ADIEU (1898)

“DODOCA” & AMÉRICO (1898)

NASCE INAH (1899)

ZICA (1899)

BICYCLETTE-CLUB (1899)

TEU ROSTO - LETRA

ORMINDA - REEDIÇÃO (1899)

ÍRIS (1899)

CACIQUE (1899)

TURUNA (1899)

A GAVOTA

CORBEILLE DE FLEURS (1899)

QUEBRADINHA (1899)

ZIZINHA (1899)

BOM-BOM (1899)

VESPER (1900)

A DÉCIMA QUARTA MORADA (1910)

DIGO (1900)

OUTRA DUAS MORADAS

ELITE-CLUB (1900)

ARRUFOS (1900)

GENIAL (1900)

ONZE DE MAIO (1900)

JULIETA (1900)

DORA (1900)

SALVE O SÉCULO XX (1901)

BATUQUE

“VASQUINHO” - TUBERCULOSO

“GIGI” É CONTAMINADO PELO PRÓPRIO PAI

HILDA FERRAZ RÊGO

LAÇO AZUL (1901)

ENCANTADA (1901)

HENRIETTE (1901)

NASCE “MALY” (1903)

NAZARETH PELA PRIMEIRA VEZ EM DISCO (1902)

THEODORA AMÁLIA - 50 ANOS (1902)

MORRE “VASQUINHO” (1902)

PROMESSA CUMPRIDA

LOPES & CIA. PHOTº

LUIZ FRANCISCO & CECÍLIA

ERNESTO NAZARETH - 40 ANOS (1903)

A DÉCIMA PRIMEIRA MORADA (1903)

MORRE “GIGI” (1903)

CORAÇÃO QUE SENTE (1903)

GABRIELLA CRUZ

PYRILAMPO (1903)

PHOTOGRAPHIA LETERRE (1903)

THIERRY (1903)

EXPANSIVA (1904)

VICTORIOSO (1904)

SOBERANO (1904)

ERNEST SCHELLING (1904)

MORRE AMÉRICO

ESCOVADO (1904)

NASCE LUIZ FRANCISCO FILHO (1905)

BREJEIRO RECEBE SUA PRIMEIRA GRAVAÇÃO (1905)

CORAÇÃO QUE SENTE (1905)

FERRAMENTA (1905)

IDEAL (1905)

CARDOSINA (1905)

ALBÍNGIA

ANNA CARDOSO DUARTE GALLO

A DÉCIMA SEGUNDA MORADA (1905)

ASYLO IZABEL (1905)

FORMATURA DE EULINA (1906)

ERNESTO & THEODORA AMÁLIA - 20 ANOS (1906)

NASCE PAULO DE TARSO (1906)

A FLORISTA (1909)

DENGOZO (1907)

BAMBINO (1908)

DUVIDOSO (1908)

PHOTOGRAPHIA ACADÊMICA (1908)

ASSOCIAÇÃO CRISTÃ DE MOÇOS (1908)

EXPOSIÇÃO NACIONAL (1908)

NAZARETH EM RECITAL DE VIOLÃO E PIANO (1908)

CATULLO EM RECITAL DE VIOLÃO (1908)

A DÉCIMA TERCEIRA MORADA (1909)

FLORAUX (1908)

PERIGOSO (1908)

RECITAL COM VILLA-LOBOS (1909)

UM SONETO DE CATULLO (1909)

CHAVE DE OURO (1909)

CASA MOZART

NAZARETH E O CINEMA ODEON (1909)

ONDINA RIBEIRO DANTAS - D’OR

“BORORÓ”

BRASÍLIO ITIBERÊ

ODEON (1909)

MORRE ALICE (1910)

MORRE ANNA CAZEMIRA (1910)

THEATRO JOÃO CAETANO

MARIA JOSELITA

NOÊMIA (1911)

MANOEL ANTONIO GOMES GUIMARÃES

JULIETTA (1911)

TURBILHÃO DE BEIJOS (1911)

DISCOGRAFIA (1911)

CARTA DE “MARIETTA” (1912)

THEODORA AMÁLIA - 60 ANOS (1912)

MORRE “DODOCA” (1912)

CORRECTA (1912)

BAMBINO RECEBE LETRA DE CATULLO (1912)

BAMBINO RECEBE LETRA DE WISNIK

DISCOGRAFIA (1912)

AI, RICA PRIMA! (1912)

DISCOS PARA A CASA EDISON (1912)

PEDRO DE ALCÂNTARA

TRAVESSO (1913)

FON-FON! (1913)

CONFIDÊNCIAS (1913)

TALISMAN (1913)

CARTÃO POSTAL DO LINO (1913)

CUÉRA (1913)

O PIANO DE “NENÊN” (1913)

ERNESTO NAZARETH - 50 ANOS (1913)

ESPALHAFATOSO (1913)

ATREVIDO (1913)

CUTUBA (1913)

REBOLIÇO (1913)

BATUQUE (1913)

HENRIQUE OSWALD

AMENO RESEDÁ (1913)

TENEBROSO (1913)

SÁTYRO BILHAR

CARIOCA (1913)

OLYMPIO NOGUEIRA

DISCOGRAFIA DE OLYMPIO NOGUEIRA

EPONINA (1913)

SAUDADE (1913)

ELECTRICA (1913)

MORRE “MARIOZINHO” (1913)

“A CATASTROPHE DO GUARANY” (1913)

DISCOGRAFIA (1913)

A “GRANDE GUERRA” (1914)

PÉROLAS DE ORVALHO (1914)

CATRAPUZ (1914)

FIDALGA (1914)

MESQUITINHA (1914)

HENRIQUE ALVES DE MESQUITA

APANHEI-TE, CAVAQUINHO!... (1914)

ALERTA! (1914)

VEM CÁ, BRANQUINHA (1914)

SAGAZ (1914)

TOPÁZIO LÍQUIDO (1914)

ARNALDO REBELLO

DISCOGRAFIA (1914)

DIVINA (1915)

OURO SOBRE AZUL (1915)

CARLOS BITTENCOURT

CURIOSO (1915)

PIERROT (1915)

MORRE FERNANDO (1916)

GOTTAS DE OURO (1916)

ERNESTO & THEODORA AMÁLIA - 30 ANOS (1916)

TUPYNAMBÁ (1916)

MARCELLO TUPYNAMBÁ

GAROTO (1916)

SARAMBEQUE (1916)

RETUMBANTE (1916)

DISCOGRAFIA (1916)

RECIBO DE VENDA (1916)

A DÉCIMA SÉTIMA MORADA (1917)

MARIANA ALVIM

PAULO DE TARSO LEAL

NAZARETH RETORNA AO ODEON (1917)

DARIUS MILHAUD (1917)

LE BOEUF SUR LE TOIT

LABIRINTO (1917)

GUERREIRO (1917)

MATUTO (1917)

NOVE DE JULHO (1917)

GASPAR DE MAGALHÃES

RANZINZA (1917)

FAMOSO (1917)

MERCÊDES (1917)

SÓ SE ME DERES UM BEIJO (1917)

EULINA & MERCÊDES (1917)

MORRE “MARIETTA” (1917)

SAÍDA DEFINITIVA DO ODEON (1918)

ARTHUR RUBINSTEIN (1918)

FRANCISCO MIGNONE (1918)

RECORDANDO MIGNONE

PODIA SER PIOR (1918)

TERMINA A “GRANDE GUERRA” (1918)

VITÓRIA (1918)

A DÉCIMA OITAVA MORADA (1918)

DOIS OFERECIMENTOS EM MÚSICAS DE SOUTO (1918)

LAMENTOS E MÁGOAS

SUCCULENTO (1919)

CASA CARLOS GOMES (1919)

EDUARDO SOUTO

JOSÉ DE OLIVEIRA

MAIS DOIS OFERECIMENTOS EM MÚSICAS DE SOUTO (1919)

HOMENAGEM À EPITÁCIO PESSOA (1919)

MENINO DE OURO (1919)

INSUPERÁVEL (1919)

SUSTENTA A... NOTA (1919)

DISCOGRAFIA (1919)

“MALY” & JOAQUIM (1920)

MAGNÍFICO (1920)

NÃO VOU N’ISSO (1920)

LUCÍLIA D'ALINCOURT FONSECA

NOCTURNO (1920)

HYMNO DA ESCOLA PEDRO II (1920)

MARIAZINHA SENTADA NA PEDRA!...

DISCOGRAFIA (1920)

NASCE MARIA CECÍLIA (1921)

ALOYSIO DE ALENCAR PINTO (1921)

GEMENDO, RINDO E PULANDO (1921)

ARROJADO (1921)

PAIRANDO (1921)

JACARÉ (1921)

CHEGAM AO RIO OS REIS DA BÉLGICA (1921)

O QUE HÁ? (1921)

XANGÔ (1921)

ELEGANTÍSSIMA (1926)

ATLÂNTICO (1921)

THEODORA AMÁLIA - 70 ANOS (1922)

MEIGO (1922)

PORQUE SOFFRE?... (1922)

1922 (1922)

LITTLE BOY (1922)

ARTHUR BERNARDES VERSUS NILO PEÇANHA (1922)

ADOLPHO BLOCH

A “REVOLTA” DO FORTE DE COPACABANA (1922)

MARCHA HERÓICA AOS 18 DO FORTE (1922)

O CÃOZINHO PIERROT

PIERROT É ESQUECIDO!...

PÁSSAROS EM FESTA (1922)

JANGADEIRO (1922)

O FUTURISTA (1922)

LUCIANO GALLET

INSTITUTO NACIONAL DE MÚSICA (1922)

FORA DOS EIXOS

HYMNO DA CULTURA DE AFETO ÀS NAÇÕES (1922)

HYMNO DA ESCOLA FLORIANO PEIXOTO

IMPROVISO

ERNESTO NAZARETH - 60 ANOS (1923)

MORRE MEIRELLES FILHO (1923)

TUDO SOBE... (1923)

DELIGHTFULNESS (1923)

FESTIVAL GLAUCO VELÁSQUES (1923)

ESCORREGANDO (1923)

DI CAVALCANTI (1924)

ARTIGO DE DARIUS MILHAUD (1924)

RADAMÉS GNATTALI (1924)

BRÍCIO DE ABREU

SEGUNDO ENCONTRO DE MIGNONE COM NAZARETH (1924)

ASSIS MEMÓRIA (1924)

MIÉCIO HORSZOWSKI (1924)

CRISE ENTRE OS GRAVADORES DE MÚSICA (1924)

O ALVORECER (1924)

DUAS “SAUDAÇÕES” (1924)

CASA VIEIRA MACHADO - NOVO PROPRIETÁRIO (1925)

ALZIRA MARIATH

EXTASE E NAZARETH

MORRE FRANCISCO ANTUNES (1925)

IBERÊ & ZILDA (1925)

YOLANDA (1925)

ANUNCIADA A VIAGEM A SÃO PAULO (1926)

VIAGEM A SÃO PAULO (1926)

EM CASA DE JORGE FRAGOSO (1926)

SÃO PAULO E A MÚSICA

LUIGI CHIAFFARELLI

AS CASAS DE MÚSICA PAULISTAS

SOROCABA (1926)

TATUÍ (1926)

JACINTHO SILVA (1926)

CARMEN TEIXEIRA E SILVA

LUIZ DE GONZAGA SILVA

MOACYR SILVA

PARAÍSO E FACEIRA

ARMANDO PINTO (1926)

REUNIÃO EM CASA DE ARMANDO PINTO (1926)

JAVERT VIEIRA DA SILVA

O PIANO DE ERNESTO NAZARETH (1926)

CLÁUDIO AUGUSTO CAMARGO PINTO

ANUNCIADO RECITAL DO COMPOSITOR EM CAMPINAS (1926)

PRIMEIRA AUDIÇÃO EM SÃO PAULO (1926)

SYLVIO MOTTO (1926)

ERNANI BRAGA (1926)

CONSERVATÓRIO DRAMÁTICO E MUSICAL - 1º CONCERTO (1926)

CAPRICHO E POLONESA

NAZARETH OU TUPYNAMBÁ?

A PRIMEIRA ENTREVISTA EM SÃO PAULO (1926)

“ERNESTINHO” & ESTHER (1926)

FRANCISCO ASSUMPÇÃO LADEIRA

EXTASE E PAULICÉA... (1926)

MAESTRO GAÓ

CAMPINAS (1926)

CLUB SEMANAL DE CULTURA ARTÍSTICA (1926)

ENCERRAMENTO DA CAMPANHA DO PIANO

CASA BEVILACQUA (1926)

ATÉ QUE ENFIM - 1ª COMPOSIÇÃO EDITADA EM SÃO PAULO (1926)

OUTROS QUATRO “FOX-TROTS”

DESENGONÇADO - 2ª COMPOSIÇÃO EDITADA EM SÃO PAULO (1926)

CRUZEIRO (1926)

JANOTA - 3ª COMPOSIÇÃO EDITADA EM SÃO PAULO (1926)

PROEMINENTE - 4ª COMPOSIÇÃO EDITADA EM SÃO PAULO (1926)

QUEBRA CABEÇAS - 5ª COMPOSIÇÃO EDITADA EM SÃO PAULO (1926)

CELESTIAL (1926)

ERNESTO & THEODORA AMÁLIA - 40 ANOS (1926)

CONFERÊNCIA DE ANDRADE MURICY (1926)

CLUB CAMPINEIRO - 1º CONCÊRTO (1926)

CARTA AO “ALMIRANTE”

CENTRO DE SCIENCIAS, LETRAS E ARTES (1926)

JACINTHO EM SANTOS

SUBSCRIÇÃO DO PIANO (1926)

CLUB CAMPINEIRO - 2º CONCÊRTO (1926)

DE VOLTA À SÃO PAULO (1926)

CONSERVATÓRIO DRAMÁTICO E MUSICAL - 2º CONCERTO (1926)

PRESTANDO CONTAS

EM CASA DE JORGE FRAGOSO (1926)

CARTÃO DE “ERNESTINHO” (1926)

CARTA DE “ERNESTINHO” (1926)

UM APARTAMENTO...

CONSERVATÓRIO DRAMÁTICO E MUSICAL - 3º CONCERTO (1926)

CARTA A NOÊMIA DO NASCIMENTO GAMA (1926)

MORRE MÁRIO NAZARETH (1926)

AMOR E INTRANSIGÊNCIA

MORRE “ZIZINHA” (1926)

THEATRO MVNICIPAL (1926)

MÁRIO DE ANDRADE

REUNIÃO EM CASA DE FRANCISCO ARAÚJO (1926)

ALFAIATE LOURENÇO UNTI (1926)

MORRE MARINA (1926)

RUA SIQUEIRA CAMPOS (1926)

CARTAS DE AGRADECIMENTO DA FAMÍLIA NAZARETH (1926)

REUNIÃO EM CASA DE NESTOR PESTANA (1927)

NASCE “ELZINHA” (1927)

A FAMÍLIA DE “ELZINHA”

UM ACRÓSTICO - UMA SAUDADE...

PREPARATIVOS PARA A DESPEDIDA DE NAZARETH (1927)

CONSERVATÓRIO DRAMÁTICO E MUSICAL - 4º CONCERTO (1927)

CARTÃO DO PENSIONATO SANTO ANTONIO (1927)

EM CASA DA FAMÍLIA LA S’CALÉA (1927)

NAZARETH RETORNA AO RIO (1927)

CUBANOS (1927)

“ELZINHA” É BATIZADA (1927)

PRIMEIRA CARTA DE J. B. VASQUES (1927)

MARCHA FÚNEBRE (1927)

SEGUNDA CARTA DE J. B. VASQUES (1927)

TERCEIRA CARTA DE J. B. VASQUES (1927)

SÓ NO NAZARETH

SARAH BENGIO

DESFAZ-SE UMA SOCIEDADE (1927)

ROBERT DONATI

PRIMEIRA CARTA DE DONATI (1927)

DISCOGRAFIA (1927)

NASCE LÊDA (1927)

PAULO TAPAJÓS

GASTÃO PENALVA

ARACY & PEDRO (1928)

SEGUNDA CARTA DE DONATI (1928)

SUTIL (1928)

IPANEMA (1928)

CAVAQUINHO, POR QUE CHORAS? (1928)

NASCE PEDRO PAULO (1928)

DISCOGRAFIA (1928)

VICENTE CELESTINO & FRANCISCO ALVES

A VOZ DO AMOR

MORRE “JOANNINHA” (1928)

INSTITUTO NACIONAL DE MÚSICA (1929)

CARMEN MIRANDA (1929)

O VIOLÃO (1929)

A DÉCIMA NONA MORADA (1929)

MORRE THEODORA AMÁLIA (1929)

DOIS CARTÕES (1929)

A VIGÉSIMA MORADA (1929)

TRÊS VIZINHOS

ELZA LACERDA FRANCO DE ABREU

ATALIBA GALVÃO NETTO

ESMERALDA DE ALMEIDA MONTEIRO

ESCOLA JOSÉ DE ALENCAR

LÍLIAN DE SOUZA CARVALHO LUCCHETTI

NO JARDIM

IVNA MENDES DE MORAES DUVIVIER

GABRIELLA MUDA-SE PARA BOTAFOGO (1929)

EXHUBERANTE (1929)

CRISES EM PENCA!... (1929)

TANGO-HABANERA

COMMIGO É NA MADEIRA

HENRIQUETA BRIEBA

FRANCISCO ALVES (1929)

ABRAHAM MEDINA

FEITIÇO NÃO MATA

MAIS TRÊS GRAVAÇÕES PELA PARLOPHON (1930)

CARTA DE GASTÃO OLIVEIRA DE MENEZES (1930)

NAZARETH QUER RETORNAR À SÃO PAULO (1930)

CARTA DE JACINTHO SILVA (1930)

UM “MORGADO” CHAMADO CELSO (1930)

PRIMEIRA CARTA DE ANTONINHO FORSTERS (1930)

NASCE ARNALDO (1930)

RECITAL DE GUIOMAR NOVAES (1930)

A PRIMEIRA CRISE NERVOSA (1930)

RESIGNAÇÃO - A ÚLTIMA VALSA (1930)

EUSTÓRGIO WANDERLEY

TOMÁS TERÁN

PRIMEIRO BILHETE DE EUSTÓRGIO WANDERLEY (1930)

“TIA AMÉLIA”

SEGUNDO BILHETE DE EUSTÓRGIO WANDERLEY (1930)

SEGUNDA CARTA DE ANTONINHO FORSTERS (1930)

DISCOS PARA CASA EDISON (1930)

CARTA DE OSCAR ROCHA (1930)

PINGUIM

S.B.A.T. (1930)

S.B.A.T. - SETEMBRO (1930)

O “GOLPE” (1930)

CARTÃO DE CAMBUQUIRA (1930)

S.B.A.T. - DEZEMBRO (1930)

CASA VIEIRA MACHADO

HOMERO DORNELLAS

ALCYR PIRES VERMELHO

FORTE DE SÃO JOÃO

UM PEIXE EM CASCADURA

QUATRO PEÇAS BRASILEIRAS (1930)

S.B.A.T. - JANEIRO (1931)

S.B.A.T. - FEVEREIRO (1931)

PRIMEIRA APRESENTAÇÃO NA RÁDIO SOCIEDADE (1931)

SEGUNDA APRESENTAÇÃO NA RÁDIO SOCIEDADE (1931)

S.B.A.T. - MARÇO (1931)

“A VOZ DO VIOLÃO” (1931)

S.B.A.T. - ABRIL (1931)

APRESENTAÇÃO NA RÁDIO MAYRINK VEIGA (1931)

DOIS “ROLS” DE ROUPA (1931)

S.B.A.T. - JUNHO (1931)

S.B.A.T. - JULHO (1931)

S.B.A.T. - AGOSTO (1931)

S.B.A.T. - SETEMBRO (1931)

S.B.A.T. - OUTUBRO (1931)

ANOTAÇÕES DE NAZARETH (1931)

S.B.A.T. - NOVEMBRO (1931)

PREPARATIVOS PARA UMA NOVA TURNÊ (1931)

GAÚCHO - ÚLTIMA COMPOSIÇÃO EDITADA (1931)

HOMENAGEM A ERNESTO NAZARETH (1931)

S.B.A.T. - DEZEMBRO (1931)

S.B.A.T. - JANEIRO (1932)

“STUDIO NICOLAS” (1932)

NICOLAS ALAGEMOVITZ

DISCOGRAFIA DE NICOLAS ALAGEMOVITZ

BAPTISTA SIQUEIRA

CONCERTO NO STUDIO NICOLAS (1932)

BRUNO LECHOWSKI

“O GLOBO” (1932)

ANTONIETTA FLEURY DE BARROS

PARTIDA PARA O RIO GRANDE DO SUL (1932)

BILHETE DE ÁLVARO MOREYRA (1932)

EM PORTO ALEGRE (1932)

O PIANO DO WALDEMAR (1932)

“CORREIO DO POVO” (1932)

RECITAL NA CASA BEETHOVEN (1932)

OS INGRESSOS

ROSÁRIO (1932)

RECITAL NO CLUB CAIXEIRAL (1932)

ELEGIA E POLKA-TANGO

LIVRAMENTO (1932)

RECITAL NO SALÃO NOBRE DA PREFEITURA (1932)

MONTEVIDÉO (1932)

CASA DE JULIO MOUSQUÉS (1932)

UMA GRAVE CRISE NERVOSA

CHEGADA AO RIO (1932)

NASCE ZELY (1932)

O ÚLTIMO AUTÓGRAFO (1932)

TRÊS “ROLS” DE ROUPA (1932)

CORRESPONDÊNCIA DA CASA BEETHOVEN (1932)

UMA LISTA INCOMPLETA (1932)

UM BILHETE SIMPÁTICO (1932)

A VIGÉSIMA PRIMEIRA MORADA (1932)

BENTO D’ÁVILA (1932)

YARA DE SOUZA PIGLIASCO (1932)

A CASA DA TRAVESSA DR. ARAÚJO

BENTO QUER DAR UM PASSEIO (1932)

A PRIMEIRA FUGA (1932)

REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA (1932)

A PENÚLTIMA MORADA (1933)

FUNDAÇÃO GAFFRÉE E GUINLE (1933)

FUNDAÇÃO GAFFRÉE E GUINLE - PRONTUÁRIO (1933)

A SÍFILIS

“MEMORANDUM” (1933)

A MALARIOTERAPIA

ESTÁS MALUCO OUTRA VEZ? (1933)

MOZART DE ARAÚJO

DEUSDEDIT ARAÚJO

NAZARETH RETORNA PARA CASA (1933)

COLÔNIA JULIANO MOREIRA - PRONTUÁRIO (1933)

ERNESTO NAZARETH - 70 ANOS (1933)

OS MÉDICOS DA COLÔNIA (1933)

DR. HEITOR CARPINTEIRO PÉRES

O TRATAMENTO

O QUARTO

À CASA DO ADMINISTRADOR

O COMPORTAMENTO DE NAZARETH

ALBERTINA NAZARETH

À CASA ARTHUR NAPOLEÃO (1933)

O RECITAL QUE NÃO HOUVE (1933)

NAZARETH TENTA FUGIR NA CIDADE

NO TREM PARA “SÃO PAULO”

AS ÚLTIMAS FESTAS (1933)

PRENÚNCIO DA ÚLTIMA FUGA (1934)

FUGA E MORTE DE ERNESTO NAZARETH (1934)

O “ÚLTIMO” BILHETE

NO DIA SEGUINTE (1934)

E O CARNAVAL CHEGOU!... (1934)

ENCONTRADO O CORPO DE ERNESTO NAZARETH (1934)

COMO ESTAVA O CORPO DE NAZARETH (1934)

1º OU 4 DE FEVEREIRO? (1934)

ACIDENTE OU SUICÍDIO?

INSTITUTO MÉDICO LEGAL (1934)

UMA GRANDE COINCIDÊNCIA

PIXINGUINHA (1934)

A ÚLTIMA MORADA (1934)

FLORIANO DE LEMOS (1934)

CACHOEIRA DOS CIGANOS

MISSA DE 7º DIA (1934)

A LISTA DE PRESENÇA (1934)

EULINA QUER PROCESSAR A COLÔNIA (1934)

MISSA DE MÊS (1934)

MISSA DE RÉQUIEM (1934)

GASTÃO PENALVA (1934)

OTÁVIO BEVILACQUA (1934)

Ernesto Nazareth - Vida e Obra - por Luiz Antonio de Almeida

INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

 

Sempre que alguém se prontificava a desenvolver qualquer tipo de pesquisa sobre a obra do compositor Ernesto Nazareth, podia contar com um sem número de publicações a orientá-lo nesse sentido. Mas se o assunto a tratar tivesse como tema a pessoa dele a situação mudava, pois, desde o tempo em que ainda vivia, não chegaram a cinco ou seis os artigos nos quais se dispensou mais atenção ao homem do que ao artista.

Heitor Villa-Lobos, Francisco Mignone, Mário de Andrade e Andrade Muricy, entre outros importantes compositores e musicólogos, deixaram impressões a respeito da obra de Nazareth. Porém, como disse, foram poucas as vezes em que se levaram ao conhecimento geral informações relacionadas à vida particular do ilustre carioca.

Sem dúvida, seria preciso reverter tal quadro ou, pelo menos, equilibrá-lo. E mesmo que para esse fim ainda se pudesse contar, a partir da morte do maestro, em 1934, com a disposição de filhos, nora, cunhada, sobrinhas, amigos, colegas e alunos, todos ávidos em transmitir suas lembranças à posteridade, infelizmente as iniciativas nessa direção foram raríssimas.

Somente a partir de 1963, ano em que se comemorou o centenário do artista, o homem Nazareth, ao que parece, começou a despertar um interesse maior; como podemos verificar nos artigos do já citado Andrade Muricy, Aloysio de Alencar Pinto e Mozart de Araújo, ou nos livros de Ary Vasconcelos e Baptista Siqueira. Todavia, mesmo que a maioria desses ilustres autores tivesse conhecido pessoalmente o pianista, seus textos ainda estavam longe de corresponder às expectativas.

Em 1976, contava com a idade de 14 anos quando, assistindo a um programa de perguntas da TV Globo, chamado 8 ou 800, ouvi falar pela primeira vez no nome de Ernesto Nazareth; sendo responsável por isso a pianista paulista Eudóxia de Barros (1937), que participava respondendo sobre vida e obra do notável compositor. Daí em diante, entusiasmado com a “descoberta”, resolvi investigar tudo sobre Nazareth em discos, livros, revistas e jornais antigos, e, também, entrar em contato com pessoas que se relacionaram com ele ou conhecessem bem o seu legado. Passava-se, então, às mãos de um adolescente igual a tantos de sua geração, a “missão” que renomados do passado jamais levaram a termo.

Compromisso assumido, comecei a freqüentar, ainda em 1976, o Museu da Imagem e do Som (RJ), contando, então, com a especial atenção de Henrique Foréis Domingues (1908/1980), o popular “Almirante”, e de sua assistente Adua Nesi (1949), com quem eu viria a trabalhar, anos mais tarde, junto à “Coleção Rádio Nacional”, da mesma instituição.

Três anos mais tarde, em 1979, para incrementar a série de providências com as quais vislumbrei “resgatar” o que ainda restava da memória do homem Ernesto Nazareth, resolvi transformar em livro as informações até então obtidas.

Em 1980, iniciei fraternal amizade com o filho e a sobrinha do músico: Diniz Nazareth e Julita Nazareth Siston, à época com 92 e 85 anos, respectivamente. Contudo, foi da parte de Walter Siston (1915/1988), esposo de Julita, ao me permitir acesso irrestrito ao acervo do pianista, que minha pesquisa recebeu sua mais importante contribuição, deixando de ser apenas mais um trabalho sobre a vida de alguém para se tornar uma biografia praticamente definitiva. E diante de tão rica e inédita fonte de estudos mais os conselhos do maestro Edino Krieger (1928), senti-me compelido a dedicar um tempo maior à obtenção dos conhecimentos necessários para melhor compreensão e aproveitamento de todas aquelas informações. Em setembro, do mesmo ano, passei a privar da amizade do maestro e compositor Francisco Mignone e sua esposa, a pianista Maria Josephina Mignone (1933); o que também ajudou-me a entender a arte do meu biografado.

A partir de 1981, dois importantes mestres da musicologia brasileira também se dispuseram a me orientar: José Mozart de Araújo (1904/1988) e Aloysio de Alencar Pinto (1911/2007). E criei, um ano depois, a “Coleção Luiz Antonio de Almeida”, constituída, principalmente, por documentação diretamente relacionada à presente biografia, e o “Projeto Ernesto Nazareth”, objetivando, este último, a preservação e divulgação da memória do ilustre musicista mediante organização do acervo da família, realização de palestras e recitais, entrevistas para jornais e revistas, programas de rádio, televisão, etc.

Com o falecimento de Diniz, em 1983, Julita tornou-se herdeira universal de Ernesto Nazareth e, nessa condição, pouco tempo depois, fez-me donatário de todo o acervo do músico, no qual se incluía o piano que ele recebera dos admiradores paulistas (posteriormente, doado ao Museu da Imagem e do Som, do Rio de Janeiro). Nesse mesmo ano, ainda encontrei na amiga Maria Alice Saraiva (1913/2001), pianista reconhecida por suas interpretações do autor de “Odeon”, mais uma valiosa colaboração.

Em 1985, pelo conjunto de atividades desenvolvidas com o “Projeto Ernesto Nazareth”, inclusive a pesquisa biográfica, fui agraciado, em São Paulo, com o Prêmio Moinho Santista, categoria juventude, na área da música erudita e popular; datando, dessa época, o início da participação do amigo French Gomes da Costa (1916/2000) como primeiro revisor de meus originais.

Dois anos depois, levei ao pianista Miguel Proença (1939) várias peças de Nazareth que jamais haviam sido editadas, o que resultou na gravação do disco Ernesto Nazareth Inédito, com seleção do repertório e texto de contracapa sob meus cuidados.

Em 1991, a rede inglesa de televisão BBC, canal 2, de Bristol, produziu um especial sobre Nazareth intitulado Tango Brasileiro, com a apresentação do pianista norte-americano Joshua Rifkin (1944) e direção do inglês Tony Staveacre (1942). Por indicação do pesquisador Jairo Severiano (1927) à jornalista Patrícia Kranz, encarregada da produção no Brasil, tornei-me responsável por toda a pesquisa biográfica utilizada no programa.

Já em 1993, Hiroyuki Makita, grande incentivador do intercâmbio cultural entre Brasil e Japão, convidou-me a assessorar o pianista Yukio Miyazaki (1949) na elaboração de dois álbuns com 41 peças de Nazareth, posteriormente editados em seu país.

No ano de 1995, dei início a primeira revisão geral de meu trabalho, contando, então, com a prestimosa assistência do amigo Agenor Pinheiro Rodrigues Valle (1936/2011).

Em 1996, foi a vez do pianista Marcelo Verzoni (1958) a prestar indispensável cooperação digitando, em seu computador, parte significativa dos meus originais. E, no ano seguinte, com os musicólogos Aloysio de Alencar Pinto e Vasco Mariz (1921), participei da criação de um CD-ROM intitulado Ernesto Nazareth - Rei do Choro, do qual se destacou, entre outras preciosidades, o depoimento que Francisco Mignone prestou ao cineasta João Carlos Horta, relatando um dos seus encontros com o nosso pianista.

Já em 2003, por indicação do pesquisador Humberto de Moraes Franceschi (1930) ao então coordenador do Setor de Música Brasileira do Instituto Moreira Salles, José Luiz Herência, o IMS agregou à sua coleção toda a parte documental do acervo do compositor. E no mês de agosto, o CD Ernesto Nazareth - Vol. II - Mestres Brasileiros, da pianista Maria Teresa Madeira, produzido por Marcus Pereira e texto (dos dois volumes) de minha autoria, recebeu indicação ao Grammy Latino na categoria “Instrumentista Clássico”.

Dois anos depois, prefaciei o livro Ernesto Nazareth - Pianeiro do Brasil, de Haroldo Costa; cedendo, a mesma obra, material iconográfico da “Coleção Luiz Antonio de Almeida”.

Mesmo não conseguindo, até então, publicar minha biografia, há muito já havia me tornado referência em Ernesto Nazareth, colaborando, sempre, com alguns dos mais importantes projetos envolvendo a memória do compositor.

Em 2009, sob a coordenação de Rosana Lanzelotte e Alexandre Dias, participei do site ernestonazareth.com.br, quando, pela primeira vez, veio a público, digitalizada, a obra completa de Ernesto Nazareth. Dois anos depois, organizada por Cacá Machado e Thiago Cury, também participei da edição agora impressa da obra completa em seis preciosos volumes.

Em 2012, precedendo as comemorações do sesquicentenário do compositor (a realizar-se no ano seguinte), ainda colaborei em mais um site, ernestonazareth150anos.com.br, com Alexandre Dias, Paulo Aragão e Bia Paes Leme, sob os auspícios do Instituto Moreira Salles.

Hoje, 2014, trinta e oito anos depois do meu “encontro” com Ernesto Nazareth, dei por encerrada a biografia.

Entretanto, não trabalhei ininterruptamente por essas três décadas. Foram muitos, realmente, os anos em que me vi debruçado sobre infindáveis anotações e leituras. Porém, quando me sentia exaurido, deixava tudo, por meses até, “decantando” em alguma gaveta, sendo o resultado desse “repouso” muitas vezes compensador. Outrossim, jamais estipulei prazos à sua conclusão, principalmente por tratar-se de iniciativa financiada com recursos próprios ou provenientes da generosidade de meu saudoso pai, Luiz Gonzaga de Almeida (1925/1999), e meus irmãos Denise Abreu de Almeida (1955) e Juarez Antonio de Almeida (1956), que sempre acreditaram nas minhas pretensões lítero-musicológicas.

Quanto à pesquisa, esta, certamente, não compreende somente o período de 1863 a 1934, ou seja, do ano em que o pianista nasceu ao do seu falecimento, pois julguei de interesse apresentar dados referentes tanto às genealogias dele e de sua esposa, Theodora Amália, como a citar as principais homenagens que seu nome e arte vêm recebendo até hoje. Também não me interessei em apresentar qualquer análise mais profunda de sua obra. Não sou musicólogo.

Esclareço, ainda, que tem sido comum encontrarmos em muitas biografias a utilização de um recurso que, dependendo da situação, pode-se considerar louvável ou mera apelação... Existem trabalhos que falam mais da época na qual viveu o personagem tema do que propriamente de sua vida. No presente caso, procurei dedicar atenção somente aos assuntos diretamente ligados à pessoa do artista e que, de algum modo, influenciaram seu estado de espírito ou mesmo sua obra. A proposta, aqui, não foi reescrever a história do Rio Antigo, absolutamente. Mas a história de Ernesto Nazareth!

Em seguida a presente introdução, o leitor encontrará um resumo biográfico, uma dissertação sobre o “tango brasileiro”, outra a respeito da importância do genial artista na história da nossa música e, ainda, um ensaio genealógico escrito por Gilson Nazareth, primo do compositor. Já na parte final, um levantamento das homenagens e recitais realizados até o ano de 2005, um estudo das famílias Soares de Meirelles & Castro Leal, o catálogo da obra (com datas de composição, primeiras edições e respectivas dedicatórias), o repertório clássico que o pianista interpretava e meus agradecimentos especiais.

Espero, com a publicação de meu trabalho, alcançar meu principal objetivo: o de levar aos corações, e não somente às estantes e monitores, o nome desse extraordinário brasileiro chamado Ernesto Nazareth.

 

LAA

CADERNOS BRASILEIROS. Ernesto Nazareth (1863/1963). (José Cândido de) Andrade Muricy. Ano V - nº 3. Rio de Janeiro, maio / junho de 1963;

MIGNONE, Francisco (Paulo). “Lição de piano”. Curta-metragem de João Carlos Horta (1977). Centro Técnico Audiovisual - CTAv / Funarte - Ministério da Cultura (EMVÍDEO). Rio de Janeiro;

REVISTA BRASILEIRA DE MÚSICA. Ernesto Nazareth - Flagrantes. Aloysio de Alencar Pinto. Ano II - nº 5. Rio de Janeiro, abril / junho de 1963;

REVISTA BRASILEIRA DE MÚSICA. Ernesto Nazareth - Flagrantes. Aloysio de Alencar Pinto. Ano II - nº 6. Rio de Janeiro, julho / setembro de 1963;

REVISTA BRASILEIRA DE CULTURA. Ernesto Nazareth. (José) Mozart de Araújo. Ano IV - nº 12. Rio de Janeiro, abril / junho de 1972;

SIQUEIRA, (João) Baptista. Ernesto Nazareth na Música Brasileira; ensaio histórico-científico. Gráfica Editora Aurora Ltda. Rio de Janeiro, 1967;

VASCONCELOS, Ary. Panorama da Música Popular Brasileira. II Volumes. Livraria Martins Editora. São Paulo, 1964;