Ernesto Nazareth - Vida e Obra - por Luiz Antonio de Almeida
CONGRESSO BRAZILEIRO (1883)
CONGRESSO BRAZILEIRO (1883)
Foi uma noite magnifica a que passamos ante-hontem nos salões dessa sociedade.
O concerto que precedeu ao baile foi perfeitamente combinadoe constou das partes seguintes:
Prophecia - Ouvertura - pela Orchestra - H. Mesquita.
Per semprer e ancor per semper - romance para tenor, pelo Sr. Dr. Costa Lima, com acompanhamento de piano pelo Sr. E. Nazareth - P. Tosti.
Canto Grego - Fantazia para clarinetta, pelo Sr. João Guedes, com acompanhamento de quartetto de cordas - Cavallini.
Il Guarany - Duetto para soprano e tenor, pela Exma. Sra. D. Alice Guimarães e o Sr. J. Carvalho Junior, com acompanhamento de piano pelo Sr. B. Wagner - C. Gomes.
Euriante - Fantasia para piano a quatro mãos, pela Exma. Sra. D. Jorgina de Brito e o Sr. E. Nazareth - H. Ravina.
Rocambole - Ouvertura pela Orchestra - M. Moria.
Fosca - Duetto para soprano e contralto, pelas Exmas. Sras. DD. Alice Guimarães e C. Guimarães, com acompanhamento de piano pelo Sr. B. Wagner - C. Gomes.
Souvenir de Passau - Morceau de salon para cithara, pelo Sr. Paul Schindler - Y. Blechinger.
Povera Mama!... Romanza para tenor, pelo Sr. Dr. Costa Lima, com acompanhamento de piano pelo Sr. E. Nazareth - P. Tosti.
Il Guarany - Ballata para soprano pela Exma. Sra. D. Alice Guimarães, com acompanhamento de piano pelo Sr. B. Wagner - C. Gomes.
Fantasia Brilhante para piston, pelo Sr. Avila, com acompanhamento de Orchestra - Arban.
Como se vê foi um magnifico programma.
Os amadores que nelle tomaram parte, já bastante conhecidos dos nossos diletantes, sahiram-se brilhantemente e foram calorosamente applaudidos.
Depois os anjos terrestres que se deslumbravam a luz, ás projecções da belleza que de si emanavam, atiraram-se doudamente ás danças.
O Congresso Brazileiro dve estar satisfeito com a noite do seu ultimo baile: o numeroso auditorio que lá se achava demonstra cabalmente quanto é elle estimado.
Pela nossa parte saudamos o Congresso Brazileiro tanto mais porque reconhecemos ser elle, senão a primeira, ao menos uma das primeiras sociedades desta corte.
DIÁRIO DO BRAZIL. Rio de Janeiro, 9 de setembro de 1883;