Capítulos

A SEGUNDA APRESENTAÇÃO DE ERNESTO NAZARETH (1880)

MORRE CALLADO (1880)

GENTES! O IMPOSTO PEGOU? (1880)

GRACIETTA (1880)

MORRE MARIA CAROLINA (1881)

NÃO CAIO N’OUTRA!!! (1881)

O PRIMEIRO GRANDE SUCESSO

ASSOCIAÇÃO CENTRAL EMANCIPADORA (1881)

ERNESTO NAZARETH - O MAIS “NOVO”

OS MÉTODOS

EUROPA - UM SONHO IMPOSSÍVEL

CHARLES LUCIÈN LAMBERT

A SÉTIMA MORADA (1882)

O NOME D’ELLA (1882)

FONTE DO SUSPIRO (1882)

ERNESTO NAZARETH - 20 ANOS (1883)

MORRE VIRIATO (1883)

OS CLUBES DE SOCIEDADE

CLUBE DO ENGENHO VELHO (1883)

CLUBE NÃO-IDENTIFICADO (1883)

CONGRESSO BRAZILEIRO (1883)

PRIMEIRO REGISTRO ENTRE AS FAMÍLIAS NAZARETH E MEIRELLES (1883)

OS TEUS OLHOS CAPTIVAM (1883)

CLUB DO ENGENHO VELHO (1884)

CLUBE DE SÃO CRISTÓVÃO (1884)

CLUBE NÃO-IDENTIFICADO (1884)

CLUBE NÃO-IDENTIFICADO (1884)

CONGRESSO BRAZILEIRO (1884)

BEIJA-FLOR - 9ª COMPOSIÇÃO EDITADA (1884)

NÃO ME FUJAS ASSIM - 10ª COMPOSIÇÃO EDITADA (1884)

“A BAIXADA É LINDA”

A OITAVA MORADA (1885)

“VASQUINHO” - DENTISTA

“VASQUINHO” & “NHANHÔ (1885)

A QUARTA FOTOGRAFIA (1885)

CLUBE DO RIO COMPRIDO (1885)

MARIA EMÍLIA

PRIMOROSA E RECORDAÇÕES DO PASSADO

CLUBE DO ENGENHO VELHO (1885)

CLUBE DO ENGENHO VELHO (1885)

CLUBE RIACHUELENSE DO ENGENHO NOVO (1885)

CLUBE DE SÃO CRISTÓVÃO (1885)

NAZARETH “TOCA” PARA SHERLOCK HOLMES

A NONA MORADA (1886)

ERNESTO & THEODORA AMÁLIA (1886)

THEODORA AMÁLIA

NAIR CARVALHO

O DR. MEIRELLES E SUAS FILHAS

“A SOLTEIRONA”

A DÉCIMA MORADA (1886)

CLUBE ROSSINI (1886)

NASCE EULINA (1887)

EULINA É BATIZADA (1887)

NASCE GILBERTO (1887)

A FLÔR DE MEUS SONHOS (1887)

FREDERICO MALLIO

O “FIM” DA ESCRAVIDÃO (1888)

A BELLA MELUSINA (1888)

FRANCISCA GONZAGA

A FONTE DO LAMBARY (1888)

NASCE DINIZ (1888)

NAZARETH (1888)

RUA MAJOR FONSECA (1889)

NASCE MARIA (1889)

EULINA (1889)

MÁRIO & ALICE (1889)

DINIZ É BATIZADO (1889)

ATREVIDINHA (1889)

NASCE MORTO JOÃO BAPTISTA (1889)

CHILE-BRAZIL (1889)

UM DIA AGITADO!... (1889)

A BELA “NENÊ”

AS PRIMEIRAS GRAVAÇÕES DE VOZES NO BRASIL (1889)

SALVE A REPÚBLICA?...

THESOURO NACIONAL (1889)

Ernesto Nazareth - Vida e Obra - por Luiz Antonio de Almeida

FREDERICO MALLIO

FREDERICO MALLIO

Há alguns anos, conheci duas netas do compositor e pianista Frederico Mallio. Estavam fazendo um levantamento da vida e obra do avô ilustre e foram me procurar no MIS. Uma delas, que estava a frente da pesquisa, me contou uma história curiosa envolvendo Ernesto e Frederico.

Meu avô ficou apaixonado por uma filha do Nazareth, inclusive, pedindo-a em casamento. Sentindo-se ofendidíssimo com o pedido, Nazareth cortou relações com meu avô.

Neta de Frederico Mallio

Como esse episódio não era datado, de imediato, conclui que seria Maria de Lourdes, a “Marietta”, filha mais nova de Ernesto Nazareth, que tocava piano, cantava e encantava a todos com sua beleza e simpatia. A outra filha, Eulina, mais velha, tinha profundado conhecimento de teoria musical, mas não tocava piano tão bem quanto a irmã. Seu interesse maior sempre fora pelos estudos pedagógicos. Tornou-se professora.

Em 2013, Alexandre Dias trouxe a público um artigo sensacional a respeito de Frederico Mallio, depois publicado no site ernestonazareth150anos, do Instituto Moreira Salles. Nesse texto encontramos uma notícia de jornal que me fez repensar todo o episódio envolvendo os amigos que se conheceriam desde a adolescência.

O Dr. Monteiro de Azevedo, juiz de direito do 10º districto criminal, annullou o processo feito pelo Dr. Silva Mattos, 1º delegado, pelo crime de entrada em casa alheia, em que é autor Vasco Lourenço da Silva Nazareth e réo Frederico Mallio; fundando o mesmo juiz sua decisão no facto de não terem sido observadas as formulas do processo, como se vai ver:

“Vistos estes autos de queixa crime, intentada pelo autor Vasco Lourenço da Silva Nazareth contra o réo Frederico Mallio, pelo crime do art. 209 do codigo criminal, conforme allega na petição de fl.:

“Considerando que contra o disposto no art. 48 SsSs 2 e 3 do regulamento n. 4.824 de 22 de Novembro de 1871, dos arts. 207 e 208, do codigo do processo criminal, não foi prestado em audiência o juramento á fl. do queixoso, nem transcripta na precatória á fl., expedita para a citação inicial do réo, a petição de queixa, cuja leitura ou cópia lhe devia ser facultada no juizo deprecado, afim de poder apparelhar sua defesa, que o direito manda respeitar e garantir em toda sua plenitude.

“Na exposta conformidade, annullo todo o deprecado e condemno o autor nas custas. Rio, 5 de Março de 1888 - Antonio Rodrigues Monteiro de Azevedo.”

O PAIZ. Rio de Janeiro, 9 de março de 1888;

O motivo que teria levado Frederico Mallio a invadir a casa do pai de Ernesto Nazareth não chegou aos nossos dias. Mas se voltarmos à história contada pela neta e trocarmos aquela versão de “filha de Nazareth” por “irmã de Nazareth”, ai encontraremos ninguém menos que Júlia Adélia, a “Dodoca”, bela moça de 24 anos, solteira e que morava com “seu” Vasco.